Nesta quinta-feira (6), os servidores da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Bahia suspenderam suas atividades. Desde as 7h, o portão está fechado, impedindo o acesso à sede da instituição no estado.
Um ato de mobilização de 24 horas está ocorrendo em frente ao prédio durante a manhã de hoje, em protesto contra a proposta do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para os trabalhadores do instituto.
Os servidores não receberam reajuste desde 2017 e estão lutando por uma reestruturação que melhore as condições de trabalho, os salários e garanta a ampliação do quadro técnico.
Segundo os representantes da Associação dos Servidores do Incra na Bahia (Assincra/BA), o MGI não considerou as demandas dos trabalhadores e não levou em conta a amplitude das atividades da instituição.
O MGI propôs um reajuste de 12,8% em duas etapas, com a última parcela a ser paga em maio de 2026. Além disso, elevou os padrões remuneratórios para 20 níveis.
“Só os servidores com 20 anos de casa ou mais receberiam esse pequeno reajuste. O restante cairia cinco níveis e continuaria praticamente com o mesmo salário”, explicou o vice-presidente da Assincra/BA, Miguel Neto.
Os servidores de todo o país rejeitaram a proposta, e os da Bahia também declararam estado de greve. Até o momento, as entidades representativas tentam agendar uma nova reunião com o MGI, sem sucesso.
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