O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, interrompeu sua participação na comitiva oficial do vice-presidente Geraldo Alckmin em visita à Arábia Saudita e à China. A entidade criticou a medida provisória que limita a compensação de créditos de PIS/Cofins. Editada ontem pelo Governo Federal, houve mudança de forma geral e de créditos presumidos não ressarcíveis para bancar a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e municípios neste ano.
Alban antecipou seu retorno ao Brasil para tentar reverter a proposta.
“Chegamos ao nosso limite. Nós somos um vetor fundamental para o desenvolvimento do País e vamos às últimas consequências jurídicas e políticas para defender a indústria no Brasil. Não adianta ter uma nova e robusta política industrial de um lado se, do outro, vemos esse ataque à nossa competitividade”, relatou o presidente em nota divulgada à imprensa.
Segundo a entidade a Medida Probisória onera ainda mais a já sobretaxada indústria brasileira e afirma que a limitação da compensação de créditos e a vedação ao ressarcimento de saldo credor decorrente de créditos presumidos podem gerar o prejuízo de R$ 29,2 bilhões na indústria nos sete meses de sua vigência em 2024.
Ainda de acordo com a entidade, o impacto deve chegar a R$ 60,8 bilhões em 2025, enquanto a manutenção da desoneração da folha de pagamentos, segundo a entidade, produz impacto positivo para a indústria de R$ 9,3 bilhões neste ano.
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom
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