O preço do ouro disparou no mercado. A cotação atingiu US$ 2,4 mil a onça-troy (medida que representa 31,1 grama) este mês.
O preço do ouro está aumentando por vários motivos. Em primeiro lugar por causa da China que, embora seja o maior produtor de ouro do mundo, o Banco Central chinês está fazendo compras de ouro mensais há quase 2 anos. Os Estados Unidos é o país com o maior estoque de ouro do planeta, mas, segundo os dados disponíveis, a China já acumulou 2.300 toneladas do metal amarelo, um pouco mais de um quarto das reservas dos EUA.
Outros bancos centrais também estão comprando o metal, buscando ampliar seus estoques e ter mais ativos tangíveis.
Por que isso vem acontecendo? São vários os fatores. Em primeiro lugar, está a tensão política mundial que, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, e com o cenário de guerra no Oriente Médio só faz aumentar. Depois vem a inflação americana que está fazendo o dólar, que tem a função de reserva de valor no mundo inteiro, perder seu poder aquisitivo. E, para completar, as grandes minas de ouro do mundo estão em fase de exaustão, sobrando minas marginais que têm custo mais elevado de implantação e produção”, conforme disse Mathias Heider, especialista em recursos minerais da Agência Nacional de Mineração em reportagem do Valor Econômico.
É um conjunto de fatores que combinam tensão geopolítica, inflação persistente no mundo e nos Estados Unidos, emissão massiva de dívida e impressão desenfreada de moeda pelo banco central americano (Fed), aumentando a dívida pública dos EUA.
A Ásia, principalmente China e Índia, maiores demandantes de ouro, usado na confecção de joias, se tornou o fixador de preços do mercado global. E já analistas apostam que até o fim do ano o metal possa chegar a US$ 2,7 mil (R$ 13,9 mil) a onça ou até US$ 3 mil (R$ 15,45 mil). Com informações do Estado de São Paulo.
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