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REDUÇÃO DO NÚMERO DE TRABALHADORES NA BAHIA FOI PUXADA POR EMPREGADOS SEM CARTEIRA ASSINADA

Victoria Isabel - 17/05/2024 11:08

A redução da população ocupada na Bahia no 1º trimestre de 2024, em comparação com o trimestre anterior, foi impulsionada principalmente pela diminuição no número de empregados sem carteira assinada e de trabalhadores por conta própria.

Entre o 4º trimestre de 2023 e o 1º trimestre de 2024, houve uma redução de 24 mil no total de empregados na Bahia, de 4,088 milhões para 4,064 milhões (-0,6%). Essa retração foi concentrada entre os empregados sem carteira assinada, que diminuíram em 97 mil, passando de 1,874 milhão para 1,778 milhão (-5,2%). Houve quedas tanto no setor privado (-69 mil ou -5,4%) quanto entre os trabalhadores domésticos (-32 mil ou -10,6%). No setor público, houve um leve aumento (+4 mil ou +1,5%).

Entre os empregados com carteira assinada, houve um aumento de 18 mil, totalizando 1,786 milhão. Esse crescimento foi impulsionado pelos trabalhadores do setor privado (+36 mil ou +2,2%). Entre os trabalhadores domésticos, houve estabilidade, enquanto no setor público houve uma redução (-17 mil ou -18,7%).

Além disso, entre o 4º trimestre de 2023 e o 1º trimestre de 2024, o número de trabalhadores por conta própria na Bahia caiu em 74 mil, de 1,684 milhão para 1,609 milhão (-4,4%). A redução foi mais acentuada entre aqueles sem CNPJ, que diminuíram de 1,436 milhão para 1,356 milhão (-80 mil ou -5,6%). Em contrapartida, os trabalhadores por conta própria com CNPJ aumentaram em 6 mil (+2,4%), chegando a 254 mil.

Essas mudanças nas formas de inserção no mercado de trabalho baiano resultaram em uma queda na informalidade no 1º trimestre de 2024.

Entre janeiro e março, 3,034 milhões de pessoas trabalhavam informalmente na Bahia, representando 50,2% da população ocupada. No trimestre anterior, esse número era 4,9% maior (3,192 milhões de informais), com uma taxa de informalidade de 52,1%.

Comparado ao 1º trimestre de 2023, o número absoluto de trabalhadores informais também diminuiu na Bahia (-4,2% ou 132 mil trabalhadores a menos em um ano). A taxa de informalidade naquele período era maior: 53,7%.

São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e pessoas que trabalham como auxiliares em negócios familiares.

 

Foto: Tony Winston/ Agência Brasília

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