O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou uma reunião em Brasília com empresários do setor turístico e as quatro principais empresas aéreas que fazem voos para a Bahia na próxima quarta-feira (22), em Brasília. O objetivo do encontro é expor as preocupações do trade local sobre a frequência de voos e os preços das passagens, que, segundo os gestores, ainda são um gargalo para o setor turístico no estado. A assembleia foi marcada a pedido da Fecomércio e da bancada federal da Bahia.
Segundo Glicério Lemos, presidente da Salvador Destination, que engloba o trade turístico da capital baiana, o preço das passagens é um dos fatores que influenciam no turismo para a cidade. “A passagem para Salvador é cara, assim como para sair da cidade. A cidade está preparada para receber os turistas, repaginada, e os frutos estão sendo colhidos, com ocupações hoteleiras ótimas como a do Carnaval. Mas, que os preços das passagens estão altos, estão. E se elas não estivessem tão caras, nós teríamos tido um desempenho ainda melhor”, diz.
Lemos afirma, ainda, que os prejuízos do turismo após a pandemia não foram totalmente superados ainda. Esse é outro motivo para que haja a discussão dos valores. “Apesar das taxas de ocupação crescentes, os débitos são muito grandes, temos que pagar os empréstimos que foram tomados durante a pandemia e melhorar as taxas de ocupação. E para isso temos que ter tarifas aéreas com melhorias para a competição com outros destinos que também são fortes”.
Apesar do alto valor das passagens, o turismo é uma das áreas que melhor se recuperou após o fim da pandemia. De acordo com o Observatório de Turismo de Salvador, a capital baiana recebeu 2.337.017 turistas nos primeiros três meses do ano, um aumento de 3% em relação ao ano anterior. A receita turística nesse período, por sua vez, foi de R$3,5 bilhões, superior ao ano de 2023 em cerca de 3%. No primeiro trimestre, a taxa de ocupação hoteleira teve uma média de 71,75% e cerca de 348 mil diárias vendidas, resultado que também superou o de 2023.
Crédito: Paula Fróes/Arquivo CORREIO