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RODOVIÁRIOS NÃO CHEGAM A ACORDO MAS DIZEM ESTAR “ABERTOS AO DIÁLOGO”

Matheus Souza - 15/05/2024 19:50

Em mais uma assembleia dos rodoviários que aconteceu nesta quarta-feira (15) na Lapa, a categoria cobrou a intermediação da prefeitura de Salvador e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para resolver o reajuste salarial. Segundo o sindicato a possibilidade de greve segue de pé caso outras competências não resolverem as demandas.

Em entrevista ao Portal A TARDE, Washington Tito, um dos integrantes da direção do sindicato dos rodoviários explicou que “o grupo de negociação se reuniu com a direção do sindicato para fazer valer o sentimento da direção e dos trabalhadores. Então, o sentimento da direção é que nós levemos até aonde puder chegar sem recorrer à greve. Com os empresários a gente não senta, só com intermediadores, no caso, a Superintendência do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, e a própria Prefeitura”.

“Esperamos que eles nos chame para tentar chegar num consenso e num resultado que seja favorável para nossos trabalhadores e que também não venha a trazer desgaste nem prejuízo para a população. Queremos que o prefeito [Bruno Reis] entre também nesse negócio, pois ele é gestor do município e pode sim contribuir muito para que o cidadão não seja prejudicado nesse momento. Estamos abertos ao diálogo, mas caso não haja uma intermediação, aí sim, pode existir uma greve”, completou Tito.

Washington garantiu ainda que nesse tempo, não haverá, por enquanto, mobilizações que venham atrapalhar a vida da população, como paralisação ou atraso nas garagens.”Por respeito à população e por ter o entendimento. Que os trabalhadores querem chegar no seu objetivo, mas sem atrapalhar a vida do cidadão. Nós estamos abertos para negociar, e por isso a gente não fez ainda atitudes”.

Nos últimos dias, houveram diversas rodadas de negociações com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), mas não existiu acordo. Na reunião da última terça-feira, 14, os empresários ofereceram uma proposta de reajuste de 1,24% à categoria, mas ela não foi aceita. Os rodoviários buscam um aumento de 4% acima da inflação. Além do reajuste salarial, os rodoviários buscam ticket refeição e outros 42 itens.

“Quem quer levar a gente para a greve são os empresários. Nós pedimos a inflação e mais 4%, mas eles só ofereceram, em 10 rodadas de negociação, 1,24%, que não chega nem a nossa inflação. Quer dizer, existe uma baderna por parte dos empresários, que querem que a gente vá para a greve. Nós queremos sim um reajuste de salário, nós queremos a nossa passagem no metrô, nós queremos sim ter um ticket aonde o trabalhador possa se alimentar e queremos também que a população não seja prejudicada em cima de uma greve que só vai ser prejudicial para a população e benefício para os empresários”, pontuou.

 

FOTO: Rafaela Araújo/ Ag. A TARDE

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