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GRANDES BANCOS BRASILEIROS LUCRAM R$ 26,3 BI, ALTA DE 12,4%

João Paulo - 13/05/2024 09:40

A temporada de balanços nos bancos do varejo brasileiros mostrou que as instituições continuam muito forte. Os quatro maiores bancos de varejo no Brasil lucraram R$ 26,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024, uma alta de 12,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O Itaú Unibanco (ITUB4) foi um dos principais destaques. A instituição reportou lucro recorrente gerencial de R$ 9,771 bilhões, um incremento de 15,8% em relação ao 1TRI23.

Entre os bancos, o Itaú apresentou a maior rentabilidade, com um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 21,9%. Analistas do Bank of America lembram que o banco conseguiu uma melhora da rentabilidade pela quinto trimestre consecutivo.

“Os resultados refletiram tendências operacionais sólidas no Brasil, enquanto a venda das operações na Argentina e o peso chileno impactaram os resultados das operações na América Latina. O trimestre refletiu a sólida geração de receitas e controle de custos”, avaliaram, reforçando a recomendação de compra para o papel.

Um ponto visto com ressalva foi a desaceleração do crescimento da carteira de crédito, que pode comprometer as receitas no futuro. Outro destaque foi o Banco do Brasil (BBAS3), instituição que mais acelerou o crédito, com um crescimento de 10% em março na comparação com igual período do ano passado.

Através de relatório, os analistas ressaltaram que o BB cresce ” mais rápido que a indústria, de forma lucrativa e sustentável”. Já o Santander (SANB11) foi, dos bancos, o que apresentou maior crescimento no lucro – de 41%. Com o resultado, o Bradesco BBI elevou a recomendação do banco de “venda” para “compra”.

O Bank of America também elevou a recomendação para as units do banco – de neutro para compra. O único dos grandes bancos que apresentou queda no lucro foi o Bradesco (BBDC4), com recuo anual de 1,6%. Apesar da queda, o JPMorgan ressaltou a melhora no ritmo do crescimento da carteira de crédito, apesar da maior exposição do banco ao público de menor renda – que em geral é mais afetado em momentos de piora da economia.

Os analistas destacaram a “melhor recuperação da participação de mercado acima do esperado nos principais mercados de crédito (PME, empréstimos pessoais, crédito consignado, entre outros); execução bem-sucedida do plano estratégico de eficiência ganhos; melhor qualidade dos ativos, levando a provisões mais baixas, e desconto em relação aos pares”.

Foto: Freepik

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