Após os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde a segunda-feira (29), o preço do arroz deve ter uma escalada em todo o país, em razão do estado sulista, que é o maior produtor do cereal do Brasil, ter as suas lavouras afetadas.
O alagamento das colheitas de arroz no estado gaúcho deverá fazer os números da produção caírem. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na unidade federativa é produzido 70% de todo o arroz do Brasil e havia a esperança de colher 7,48 milhões de toneladas ao final desta safra.
O impacto na produção do cereal advém das enchentes nas plantações e a interdição das estradas, que impossibilitam o transporte do produto, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) informou nesta sexta-feira (3), que 82,8% da colheita foi concluída, pois a safra de 2024 estava prevista para ser finalizada em abril, mas as condições climáticas inviabilizaram o prognóstico. Restam cerca de 150 mil hectares para serem colhidas.
Até o momento, 235 municípios foram afetados pelos temporais. A região central do estado é a mais prejudicada pelas enchentes e igualmente a mais atrasada, com 62% da área colhida.
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