Após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Teatro Mambembe que investiga supostas fraudes e desvios da gestão do município do Sul baiano nesta quinta-feira (18), a Prefeitura de Ilhéus se manifestou a respeito e disse que a PF tinha a intenção de causar “espetacularização e exposição indevida de pessoas, do que propriamente esclarecer os fatos”.
Em nota, a prefeitura ainda alegou que a entidade não solicitou esclarecimentos ou documentos à administração pública do município.
“Afinal, caso fossem analisadas as documentações do município, se teria verificado a regularidade dos processos”, diz a nota.
O caso investigado envolve a contratação de uma empresa para fazer manutenção e conservação de prédios públicos. Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão são cumpridos. No comunicado, a prefeitura afirma que continuará colaborando com as autoridades competentes para que todos os fatos sejam esclarecidos da forma mais transparente e eficiente possível.
As investigações, que tiveram início em 2022, apontam a existência de um esquema de direcionamento da licitação para a empresa vencedora, fraude documental e superfaturamento dos serviços contratados.
Além disso, verificou-se que diversas obras não foram executadas pela empresa vencedora da licitação, mas por pessoas vinculadas a Agentes Públicos do Executivo e Legislativo Municipal, os quais não tinham nenhum vínculo com a empresa contratada.
Foto: Vagner Rosário/VEJA