Segundo levantamento da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, as transações de veículos usados reagiram em março, após retração apresentada no mês anterior. Com um dia útil a mais do que fevereiro (20 x 19), a alta foi de 3,4%. Dessa forma, o crescimento no acumulado de 2024 foi de 4,9%, totalizando 3.521.189 transações no 1º trimestre.
Já na comparação entre março deste ano e do ano passado, houve retração de quase 10%, atribuída ao menor número de dias úteis neste ano, em que a Páscoa reduziu 3 dias úteis do calendário (23 dias em março 2023 contra 20 dias em março 2024).
“O volume total do trimestre está próximo ao registrado em 2021 (quando foram transacionados 3.586.957 veículos), que foi um ano de recorde histórico para usados”, afirma Andreta Jr., Presidente da FENABRAVE. “Com a manutenção dos bons números de emplacamentos, é possível que tenhamos um ano bastante positivo para as transações de usados, já que muitos deles são ofertados como parte de pagamento na aquisição de um 0km”, analisa.
As transações de automóveis e comerciais leves tiveram alta de 2,8% ante fevereiro, mas queda de 9,5% sobre março de 2023 – lembrando que março do ano passado teve três dias úteis a mais que em 2024 (23 a 20). No acumulado do ano, a alta dos segmentos chegou a 5,2%, demonstrando o bom desempenho do setor.
Os modelos usados, com até 3 anos de fabricação, representaram 10,4% do total transacionado no mês. No ano, estes veículos acumulam participação de 10%. O mercado de caminhões teve alta de 7,3% sobre o mês anterior, mas retração de 16,5% na comparação com março de 2023. No trimestre, houve queda de 4,7%. Os implementos rodoviários cresceram no mês (+3,5%) e no acumulado (+3,6%), mesmo com a queda na comparação com março de 2023 (-8,9%). As transações de ônibus cresceram sobre fevereiro (+2,3%), mas se mantêm negativas quando comparadas ao mesmo mês do ano passado (-17,6%) e ao 1 º trimestre de 2023 (-7,1%). As motocicletas tiveram alta no mês (+4,6%), apesar da queda e sobre março de 2023 (-9,6%), em função do menor número de dias úteis em março de 2024. No ano, até o momento, o segmento segue positivo (+5,2%).
“Estamos vivendo anos de alta demanda para motos. Toda a produção de motos novas vem sendo comercializada, o que gera o aquecimento também das usadas, que atendem a uma parcela importante da população”, afirma Andreta Jr.
Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil