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PESQUISADORES BRASILEIROS TESTAM VENENO DE COBRAS E ARANHAS PARA CRIAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Matheus Souza - 04/04/2024 11:35

Pesquisadores brasileiros estão estudando o potencial terapêutico dos venenos de cobra e de aranha para a produção de medicamentos. As toxinas da jararaca e da aranha-caranguejeira, por exemplo, mostraram efeitos promissores para o tratamento de doenças do sangue e até de tumores.

Um estudo recente da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em parceria com a Universidade Federal de Catalão (GO) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, constatou ao revisar 84 pesquisas brasileiras que a peçonha da serpente jararaca-caiçaca (Bothrops moojeni) tem 23 proteínas diferentes capazes de agir na hemostasia – a capacidade de o sangue fluir sem coágulos nem hemorragias – de diversas formas.

O Brasil se destaca internacionalmente dentro do campo de descobertas medicamentosas e já desenvolveu medicamentos em uso no mundo todo. Um deles, o Captopril, uma das drogas mais utilizadas para tratar a hipertensão, foi desenvolvida a partir de pesquisas brasileiras feitas na década de 1960 com o veneno da jararaca.

Até hoje apenas uma proteína do veneno da jararaca-caiçaca, a Batroxobin, funcionou para o desenvolvimento de remédios utilizados para tratar doenças cardiovasculares. Já o veneno da aranha-caranguejeira (Vitalius wacketi) vem sendo estudado por cientistas do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Butantan pelo potencial contra o câncer.

 

FOTO: Felipe Rau/ESTADÃO

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