O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (26), que a inflação desacelerou no mês de março. A prévia calculada pelo instituto aponta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,36%, abaixo do índice identificado em fevereiro (quando variou 0,78%) e menor que o indicador verificado em março do ano passado, quando esteve em 0,69%. O IPCA-15 acumula 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Para os pequenos negócios, a notícia é animadora e se soma a outros resultados da economia que confirmam o bom momento do país, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a manutenção do ritmo de geração de empregos.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, é mais um fator da conjuntura econômica brasileira extremamente positivo para os pequenos negócios. “As micro e pequenas empresas são a principal força que traciona a nossa economia. A queda da inflação confirma um movimento que já vinha sendo identificado desde o ano passado. Esta é a política acertada do governo do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin, que passaram novamente a incluir o povo no orçamento”, comenta. “Esse conjunto de dados sinaliza a retomada da confiança do brasileiro e anima os donos de pequenos negócios a realizarem investimentos, abrirem novas vagas de trabalho e contribuírem para que o Brasil reassuma o seu papel como protagonista entre as nações mais importantes do mundo”, acrescenta Décio.
As micro e pequenas empresas, que têm sido as maiores responsáveis pela geração de novos empregos, podem contribuir para a inclusão e a redução da pobreza, além de colaborarem para retirar o Brasil do Mapa da Fome, argumenta o dirigente. “É necessário olhar com mais cuidado para os empreendedores do nosso país, cujos pequenos negócios de bairro fazem o país funcionar. Nesse contexto, o trabalho conjunto entre Sebrae e governo federal tem sido no sentido de dar todo o apoio para que esses empresários possam voltar a crescer com segurança, investindo em inovação, qualificação e aumento da sua competitividade.”
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco registraram alta em março, com destaque para alimentação e bebidas, que subiu 0,91%. Isso representou impacto de 0,19 ponto percentual, ou seja, praticamente metade da prévia inflacionária de março. Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para as altas a cebola (16,64%), o ovo de galinha (6,24%), as frutas (5,81%) e o leite longa vida (3,66%). Outros itens apresentaram queda, como a batata inglesa (-9,87%), cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%).
A alimentação fora do domicílio acelerou 0,59% em relação a fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (de 0,35%, em fevereiro, para 0,76%, em março).
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