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EXPORTAÇÕES BAIANAS RECUAM 20,5% EM FEVEREIRO, MAS FECHAM BIMESTRE COM ALTA DE 1,4%

Emilly Lima - 11/03/2024 16:40

As exportações da Bahia tiveram uma queda significativa em fevereiro, registrando uma contração de 20,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, revertendo o crescimento observado em janeiro. O valor das vendas externas atingiu US$ 636,3 milhões no mês passado. Esses dados foram analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento (Seplan), com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A queda nas exportações foi impulsionada principalmente pela redução de 37,5% nos volumes exportados pelo estado em comparação com fevereiro de 2023, embora os preços médios dos produtos comercializados tenham aumentado em 27,2%.

No setor da indústria de transformação, houve uma redução de 53,2% nas vendas ao exterior, influenciada pela diminuição nos embarques de derivados de petróleo, setor metalúrgico, químico/petroquímico e de papel e celulose. Por outro lado, o setor agropecuário apresentou um aumento de 63,4% nas exportações, com destaque para soja, algodão, café, frutas e fumo. Na indústria extrativa, o aumento foi de 200,2%, impulsionado pelo incremento nas exportações de minério de cobre, níquel e magnesita.

Apesar dos avanços em alguns setores, a redução nas exportações da indústria de transformação superou os ganhos dos demais, especialmente devido à estagnação dos preços do petróleo no mercado internacional, afetando principalmente o setor de refino. Além disso, as exportações para a Argentina sofreram uma queda acentuada, contribuindo para o desempenho negativo, enquanto a China permaneceu como o principal destino das exportações baianas, com um crescimento significativo.

No que diz respeito às importações, também houve uma diminuição de 14,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 621,1 milhões, atribuída ao baixo dinamismo da indústria de transformação e à redução das compras de combustíveis. No entanto, destaca-se o aumento nas compras de bens de capital, principalmente motores, máquinas e barras de ferro para a construção civil.

No acumulado do bimestre, as exportações atingiram US$ 1,55 bilhão, com um aumento de 1,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto as importações totalizaram US$ 1,30 bilhão, registrando uma queda de 23,6%. Como resultado, o saldo da balança comercial do estado alcançou US$ 252 milhões, em comparação com um déficit de US$ 172 milhões no mesmo período do ano anterior. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) teve uma redução de 11,8%, totalizando US$ 2,85 bilhões.

Foto: Reprodução 

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