Em dezembro de 2023, foram registrados 6,6 milhões de negócios no vermelho no Brasil, número que se manteve estável desde julho, conforme dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. A maioria das empresas negativadas eram do setor de “Serviços” (54,8%).
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a redução da taxa Selic e a diminuição da inflação foram fatores que impactaram o bolso dos brasileiros, que designaram recursos para pagar suas contas e esses pagamentos são destinados a empresas que ganham mais fôlego para liquidarem seus próprios débitos. Outro impacto direto que as reduções trazem para a saúde financeira dos negócios é que quanto menor a taxa, menor é a despesa financeira que as empresas incorrem, aliviando o caixa delas. Além disso, juros em queda permitem as empresas trocar dívidas velhas e caras por dívidas novas e mais baratas”. A perspectiva para os próximos meses de 2024, ainda segundo Rabi, é de que as companhias recuperem parte de sua robustez, contribuindo para a diminuição do avanço da insolvência no país.
No período analisado, as dívidas negativadas somaram R$ 126,1 bilhões e o ticket médio de cada conta atrasada foi estimado em R$ 2.688,76. Já o setor com mais dívidas inadimplidas em dezembro de 2023 foi o de “Outros” (28,5%), que contempla contas com Indústrias, Terceiro Setor e Primário. O segmento com menos incidência de atrasos foi o de “Securitizadoras” (1,0%).
Em dezembro de 2023, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideraram o ranking de estados com mais empresas negativadas no país. Já Amapá, Acre e Roraima foram os três que menos registraram companhias contas em atraso.
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