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ALIMENTOS E BEBIDAS ENCERRAM ANO COM FATURAMENTO DE R$ 35 BILHÕES NA BAHIA

João Paulo - 24/02/2024 08:00

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), a indústria de alimentos e bebidas na Bahia encerrou o ano de 2023 com um faturamento de R$ 35 bilhões. Segundo reportagem do Jornal Correio, hoje na Bahia o setor conta com 1,6 mil empresas instaladas no estado, a atividade é responsável pela manutenção de 54 mil empregos diretos e responde por 8,4% do produto interno bruto da Bahia.

Menos da metade, 49,1%, dos produtos utilizados para a industrialização na Bahia foram adquiridos de produtores baianos, apontam os dados da entidade. Entre os estados nordestidos, apenas o Piauí teve um desempenho inferior. O destaque positivo ficou para Sergipe, que industrializou 80,9% de matérias-primas do próprio estado. Nacionalmente, o setor foi responsável pela criação de 70 mil novos postos de trabalho diretos e formais, alcançando 1,97 milhões de postos de trabalho diretos. Além disso, outros 7,9 milhões de empregos informais são mantidos pela atividade.

O faturamento nacional, em 2023, foi de R$ 1,161 trilhão, 7,2% acima do apurado no ano anterior (em termos nominais), acompanhando o crescimento das vendas para o varejo e o food service, e das exportações. O volume corresponde a 10,8% do PIB nacional. Deste total, R$ 851 bilhões foram oriundos das vendas no mercado interno e R$ 310 bilhões das exportações.

Para o presidente executivo da ABIA, João Dornellas, o resultado expressivo pode ser explicado também pelo aumento de 5,1% da produção física (totalizando 270 milhões de toneladas de alimentos) e pelo incremento nos investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, ampliação e modernização de plantas etc.

Esses investimentos alcançaram a cifra de R$ 35,9 bilhões em 2023, mais de 50% acima do apurado no ano anterior. “O aumento significativo reflete os esforços do setor em impulsionar o crescimento e a competitividade. Além disso, estamos comprometidos em ampliar o espaço que a indústria ainda tem para produzir mais, pois a capacidade utilizada hoje é de 75%”, completa Dornellas.

O dirigente lembra que, em 2019, a ABIA já apontava que o país teria toda condição de, além de ser o seleiro do mundo, também assumir o posto de supermercado do planeta. Confirmando essa projeção, em 2023 o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de alimentos industrializados (em volume), com 72,1 milhões de toneladas, acima dos Estados Unidos. Isso representa um crescimento de 11,4% em relação a 2022 e de 51,8% em relação a 2019. Em valor, foram US$ 62 bilhões, 5,2% acima dos US$ 59 bilhões apurados no ano anterior e 82% acima do apurado em 2019. As exportações responderam por 27% das vendas do setor e o mercado interno por 73%.

Os principais destaques, em valor, foram produtos de proteínas animais (US$ 23,6 bilhões), produtos do açúcar (US$ 16,0 bilhões), farelo de soja e outros (US$ 12,6 bilhões), óleos e gorduras (US$ 3,6 bilhões) e sucos e preparações vegetais (US$ 2,9 bilhões). Os maiores mercados consumidores foram a China, com US$ 11 bilhões e participação de 17,7%, comprando principalmente produtos de proteínas animais; seguida dos 22 países da Liga Árabe, com US$ 10,2 bilhões e 16,4% de participação, consumindo produtos do açúcar e de proteínas animais; e União Europeia, com US$ 9,1 bilhões, participação de 14,6% e destaque para produtos do açúcar e farelo de soja.

Dornellas lembra que o Brasil vem se sobressaindo desde o início da pandemia como fornecedor global de alimentos. “O Brasil tem uma indústria de alimentos muito forte com tecnologia e capacidade de produção para atender o mercado interno e ainda exportar para 190 países, além da condição de expandir essa capacidade. Apesar da nossa liderança como maiores exportadores mundiais de alimentos industrializados, estamos trabalhando para avançar na exportação de produtos com maior valor agregado”, diz.

Crédito: Imagem de Igor Ovsyannykov por Pixabay

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