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ENDIVIDAMENTO ULTRAPASSA R$ 540 MI E PREOCUPA POPULAÇÃO DE BARREIRAS

João Paulo - 20/02/2024 08:45 - Atualizado 20/02/2024

O novo pedido de empréstimo, no valor de R$ 100 milhões, feito pelo prefeito Zito Barbosa (União Brasil) para o Legislativo municipal não foi bem aceito pela população de Barreiras no Oeste do Estado. Com o novo pedido, a dívida consolidada do munícipio já supera R$ 580 milhões, chamando a atenção para os possíveis riscos à saúde dos cofres públicos.

Segundo reportagem do Jornal A Tarde, a sociedade civil de Barreiras emitiu um documento afirmando que a situação é gritante já que o grau de endividamento do município saiu de R$ 68,3 milhões, 12,92%, em janeiro de 2017, para impressionantes R$ 543,8 milhões, 74,04%, em dezembro de 2023, de acordo com dados publicados no Portal da Transparência de Barreiras.

No último sábado, 17, a vereadora Carmélia da Matta (PP) liderou a criação da Comissão Popular do Endividamento Público do Município de Barreiras, reunindo líderes comunitários e políticos para discutir o “aumento alarmante e exponencial do endividamento de Barreiras”, desde o início da gestão do prefeito Zito, em 2017.

O cenário, de acordo com o documento, tem gerado impactos na vida da população, com o pagamento de juros elevados, redução de investimentos em infraestrutura, saúde e educação e restrição orçamentária. “É importante ressaltar que essas não são apenas questões teóricas; elas têm um impacto real em nossas vidas diárias e no futuro de nossos filhos. Como munícipes preocupados, é nosso dever estar informados e engajados na busca por soluções para esses desafios”, diz trecho da carta. Em outro momento, a circular convoca a população de Barreiras a se envolver “ativamente no debate sobre o gerenciamento responsável das finanças municipais”.

O movimento popular pede ainda apoio da Câmara de Vereadores na apuração para identificar o real passivo do município com a Receita Federal, dívidas de Precatórios Judiciais perante o Tribunal de Justiça da Bahia e com o Tribunal de Justiça Federal, além da possível devolução dos valores dos precatórios do Fundef, aplicados fora da Educação, o que pode onerar ainda mais as finanças municipais.

Foto: Divulgação / Prefeitura de Barreiras

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