Pela primeira vez em Salvador, a exposição “Floresta Encantada”, terá a sua estreia no dia 21 de fevereiro, às 19h, na CAIXA Cultural Salvador, onde ficará em cartaz até o dia 28 de abril, com visitação de terça-feira, das 9h às 17h30. Segundo os responsáveis Ygor Marotta e Ceci Soloaga, conhecida como VJ Suave, a mostra propõe uma imersão nas artes e saberes dos povos indígenas, a partir de uma realidade virtual.
Com animações 3D, games interativos e sons espaciais, a exposição leva o público para uma floresta encantada, onde é possível escolher caminhos e ações. “A ideia é utilizar as novas mídias e tecnologias de última geração como ferramentas para disseminar conhecimentos pertencentes ao patrimônio cultural imaterial brasileiro”, pontua Ygor.
Ele e Ceci são artistas audiovisuais especialistas em arte digital com forte tendência ao graffiti e trabalhos já assinados de animação projetada em movimento, vídeo-mapping, instalações audiovisuais e realidade virtual.
Ao usar os óculos de realidade virtual, as pessoas são transportadas para uma floresta de energias místicas e elementos marcantes da cultura, fauna e flora brasileira. Imerso em um mundo encantado, o visitante entra em sintonia com os sons do ambiente, timbre dos instrumentos, bem como com a diversidade da flora e da beleza dos animais, despertando a importância do cuidado com a natureza.
Essa aventura virtual também ocorre com interação com uma fogueira, uma onça-pintada e com o Pajé Txuã, poderoso curandeiro que conduz as pessoas pelo caminho do autoconhecimento a partir das plantas sagradas. As falas do pajé foram criadas a partir de uma entrevista que o duo fez com Txuã Pakamayte, uma das lideranças do Povo Huni Kuin da região do Rio Envira, no Acre. Além de fornecer seus conhecimentos, Txuã também empresta sua voz ao personagem da instalação.
O espaço da galeria ainda contém uma cenografia e paisagismo com plantas naturais, iluminação laser, aromatização e som surround. Além disso, réplicas dos cristais presentes na experiência virtual compõem a ambientação para criar uma atmosfera imersiva. “O projeto é uma ponte para o contato com sabedorias ancestrais através da experiência proporcionada pela realidade virtual”, reforça Ceci Soloaga.
Foto: Brenda Alcântara
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