Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), além de ter tido o maior ganho de peso na indústria baiana, a fabricação de produtos alimentícios também é a atividade isolada com o maior número de unidades fabris na Bahia e a que mais emprega no estado, embora seja, dentre as mais importantes, a que paga, em média, o menor salário. Em 2016, funcionavam na Bahia 5.924 unidades locais de empresas industriais com 5 ou mais pessoas ocupadas, sendo 1.238 delas dedicadas à fabricação de alimentos (20,9% do total). As unidades industriais baianas empregavam, em 2016, ao todo,213.760 pessoas, das quais 39.082 trabalhavam na indústria alimentícia (18,3%).
Entretanto, o salário médio pago pela fabricação de alimentos naquele ano foi o mais baixo dentre os quatro ramos de maior peso no valor gerado pela indústria baiana: em média R$ 1.800 (em valores correntes de 2016). Era um valor abaixo da média da indústria como um todo no estado (R$ 2.835) e quase 1/10 do salário médio pago pela atividade de fabricação de coque e derivados do petróleo, R$ 10.591, o maior dentre os ramos industriais mais importantes.
Entre 2015 e 2016, o total de unidades fabris teve um pequeno aumento na Bahia, de 5.892 para 5.924 (+32), enquanto no país como um todo houve um saldo negativo em unidades locais da empresas industriais, de 201.223 para 194.922. Entretanto, o maior número de fábricas no estado não evitou a redução no total de pessoal ocupado na indústria baiana, de 230.944 pessoas em 2015 para 213.760 em 2016 (-17,2%). No Brasil, o setor industrial também fechou 2016 com saldo negativo de trabalhadores, passando de 7,6 milhões de pessoas em 2015 para 7,3 milhões no ano seguinte (-4,9%).