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NÚMERO DE BAIANOS CONTEMPLADOS EM CONSÓRCIOS CRESCE MAIS DE 16%

João Paulo - 18/12/2023 09:00

Segundo dados da Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (Abac) a Bahia ultrapassou 96 mil contemplados em consórcios só nos primeiros três trimestres deste ano. Os dados mostram um crescimento de 16,2% quando comparado ao mesmo período de 2022. Mas, se por um lado a modalidade vem apresentando taxas mais competitivas, por outro, a espera pelo sorteio ou contemplação do lance continua fazendo consumidores questionarem suas vantagens e desvantagens.

O volume de cotas vendidas também teve um crescimento no estado: chegou a um total de R$ 205,49 milhões entre janeiro e setembro, o que representa uma alta de 7,2%. Para o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, a modalidade vem se destacando por sua diversidade de utilizações, entre outras características. Os mais buscados, segundo ele, continuam sendo os automóveis leves, seguidos de motocicletas, imóveis, veículos pesados, eletrônicos e serviços, como viagens, festas e tratamentos dentários. “Com mais de sessenta anos de existência, o mecanismo segue marcando presença nos vários segmentos da economia, contribuindo diretamente para o crescimento de vários setores, além de propiciar a concretização de objetivos pessoais e metas empresariais”, afirma.

Rossi ainda destaca o recorde atingido no mês de novembro, com 10,28 milhões de participantes ativos no Brasil. Mas, para ele, esses números mostram que o crescimento do sistema de consórcio não tem necessariamente relação com as quedas ou elevação das taxas de juros. Já o economista Marcelo Ferreira aponta a taxa Selic – que passou de 2% ao ano em 2020 para 11,75%, após o corte da última semana – como a principal explicação para as buscas por consórcio.

“Essa taxa Selic mais elevada faz com que o consumo diminua e, como consequência, a inflação também diminui. E a inflação é justamente o fator de reajuste das parcelas dos consórcios. Então, com isso, os consórcios passaram a ter uma taxa de juros de reajuste mais baixa e, assim, ficaram mais competitivos em relação ao financiamento bancário tradicional”, explica o economista. Mas ele também pondera  que até mesmo os recentes cortes na própria Selic – que não foram capazes de fazê-la chegar aos índices de 2020 – influenciaram nas buscas, ao estimular o consumo e fazer as pessoas procurarem alternativas com menores taxas de juros.

Foto: Raphael Müller / Ag. A TARDE

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