O portal G1 fez um levantamento que mostra como é a vida e a rotina de pessoas que vivem a vida vendendo conteúdo +18 em plataformas do gênero. As principais estratégias utilizadas pelos criados de conteúdos voltados ao sexo e a imaginação estão relacionadas à exposição em redes sociais. É o que conta Bruno ZL, de 23 anos, entrevistado pelo portal g1. Bruno, ou “Novinho Da ZL”, como também é conhecido, é um dos maiores influencers nessa área e um dos muitos brasileiros que recorreram à venda de conteúdo adulto para ganhar dinheiro.
Ele e outros criadores ganharam espaço graças a estratégias bem pensadas, usando redes como Instagram, TikTok e, principalmente, o X (antigo Twitter). A pandemia de Covid-19 e a disseminação de plataformas especializadas — como OnlyFans e Privacy — catapultaram a profissionalização da venda on-line de nudes, que hoje rende dezenas de milhares de reais todos os meses a alguns produtores. Ainda assim, esse não é um ramo para todo mundo (entenda mais abaixo).
Como todos os criadores, os de conteúdo adulto também estão expostos a todo tipo de crítica, ainda que este seja um segmento supostamente mais liberal. Bruno, por exemplo, não se livrou de estereótipos e de preconceitos por conta do visual de “lek da ZL”: “Muitos pensam que o cara da quebrada não pode ser passivo no sexo, e eu tento quebrar esse pensamento. Por que eu, cheio de marra, tenho que ser só ativo? Curiosamente, os meus vídeos sendo passivo são os que mais bombam porque mexem com o imaginário de quem assiste”, conta Bruno.
Entre homossexuais, os termos ativo e passivo indicam suas preferências na hora do sexo. Em outras palavras, o ativo é quem penetra; o passivo é quem recebe a penetração. Os profissionais ouvidos pelo g1 reforçam que a produção de conteúdo +18 deve ser levada a sério. Existem, inclusive, cuidados tanto contratuais como de saúde (física e mental) que precisam ser constantemente observados. E, para quem acerta nas estratégias, não só é um trampo: é também rentável. Os valores recebidos pelos produtores podem chegar a R$ 100 mil por mês, segundo João Finamor, professor de marketing digital da ESPM que acompanha esse mercado de perto.
Finamor lembra que a pornografia na internet sempre existiu. A diferença, agora, é que os próprios criadores têm autonomia e controle sobre os conteúdos publicados e sobre o dinheiro recebido.
Por dentro dos conteúdos +18
Foto: Foto: Reprodução/Instagram