A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, realizada em 2022, que foi divulgada nesta quarta-feira (6), revelou que o rendimento per capita de homens brancos é 64,1% maior que o de mulheres negras e pardas. O estado apresenta o 5º pior rendimento domiciliar per capita do país.
Em geral, uma pessoa branca na Bahia tem um rendimento mensal médio per capita 55,3% superior ao de uma pessoa parda e 62% maior que o de uma pessoa negra. No entanto, quando se leva em conta as diferenças salariais, entre homens e mulheres, a divergência é ainda maior.
O rendimento mensal médio de um homem na Bahia é de R$ 1.018 ou 3,6% superior ao de uma mulher (R$ 983). Contudo, se o homem for branco, o valor do rendimento aumenta para R$ 1.462. E se a mulher for preta ou parda o faturamento reduz para R$ 891, o que representa uma diferença de 64,1% entre esses dois grupos.
Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do IBGE, relatou que as desigualdades entre homens e mulheres estão diminuindo no mercado de trabalho, mas não pelos motivos certos.
“São desigualdades históricas e que vem caindo nos últimos anos, mas muito em função do não avanço e da queda no valor do rendimento dos homens, e não pelo crescimento das mulheres. Já as desigualdades por cor ou raça não têm esse movimento, elas reduziram muito pouquinho. Dentre as pessoas brancas, os homens têm maior rendimento. Depois, as mulheres brancas ou homens negros, e por último as mulheres negras”, explicou.
(Correios)
Foto: Marina Silva