A vegetação campestre do Pampa Sul-Americano, que tem mais de 1 milhão de quilômetros quadrados entre Brasil, Argentina e Uruguai, perdeu cerca de 20%, incluindo 9,1 milhões de hectares de campos naturais, entre 1985 e 2022. A descoberta foi feita após uma análise de imagens de satélite tiradas, pela MapBiomas Pampa, uma rede colaborativa de especialistas dos três países.
Das áreas identificadas, 66% são localizadas na Argentina (72 milhões de hectares), 18% no Brasil (19,4 milhões de hectares), e 16% no Uruguai (17,8 milhões de hectares). O Pampa Sul-Americano representa 6,1% da América do Sul. “De 1985 para cá, a gente mapeia ano a ano e compara o último ano com o primeiro da série. De 85 a 2022 são 38 anos”, afirmou o biólogo, Eduardo Vélez, integrante da equipe MapBiomas Pampa, em entrevista à Agência Brasil.
Os espaços de pecuária, contudo, estão sendo ocupados com a produção agrícola, sejam em pastagens plantadas ou à silvicultura, o que já ocupa quase a metade (48,4%) da região. A avaliação apontou que as áreas de agricultura e silvicultura cresceram 15% no período. O percentual é equivalente a 8,9 milhões de hectares.
Apesar de ter um crescimento menor, a silvicultura avançou 2,1 milhões de hectares, o que representa um aumento de 327%. A área da vegetação campestre diminuiu de 44 milhões de hectares em 1985 para 35 milhões de hectares em 2022. Essa vegetação é a essencial para a produção animal e vocação natural do bioma.
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