O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, que mede o volume de riquezas produzidas no estado, deverá crescer 2,5% neste ano de 2023, de acordo com dodos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Esse resultado será puxado pelo setor de Serviços, que participa com mais de 50% para o crescimento do produto baiano.
De acordo com os dados divulgados, a Agropecuária deve contribuir positivamente para o crescimento do PIB da Bahia, já que, as perspectivas divulgadas pelo IBGE evidenciam crescimento da safra agrícola de 6,9% para o estado em 2023, com produção de 12,1 milhões de toneladas.
Por sua vez, a Indústria, de acordo com as Contas Regionais divulgadas pela SEI, registrou taxa negativa de 1,8% no valor adicionado para o acumulado do primeiro semestre e deve contribuir negativamente para o PIB de 2023. Nos primeiros nove meses do ano, a produção física, com base na Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, também indica queda do setor industrial, com taxa de -4,5%.
Portanto, o PIB da Bahia deve ser influenciado positivamente pela Agropecuária e, principalmente, pelo setor de Serviços, que participa com mais de 50% para o crescimento do produto baiano. Esse setor, de acordo com as Contas Regionais da SEI, no acumulado do primeiro semestre, cresceu 3,5%.
Em relação ao PIB do Brasil, os dados revelam que as previsões para o país são todas superiores àquelas previstas para o estado da Bahia. O desempenho da Bahia reflete a forte queda da indústria geral do estado.
PIB DA BAHIA EM 2024
Em entrevista ao Bahia Econômica, o secretário estadual do Planejamento, Cláudio Ramos Peixoto, apontou um cenário positivo para 2024, acima de 3%, em função da atuação assertiva do Governo Federal na questão das reformas estruturais, principalmente a tributária, e na retomada do planejamento estratégico com o equilíbrio fiscal na gestão pública.
No que diz respeito a investimentos, o secretário listou oportunidades que devem ajudar no cenário do PIB baiano em 2024. “A Bahia vislumbra oportunidades significativas, especialmente com a implantação da BYD, os projetos estruturantes do Novo PAC e a ampliação/modernização dos serviços públicos na área social, com requalificação da rede urbana formada por equipamentos, como hospitais, escolas, barragens, ferrovias e estradas, nos municípios e distritos ” afirmou o chefe da pasta.
“A implantação de uma unidade de processamento de minérios para a produção de baterias, uma fábrica de chassis de ônibus e caminhões elétricos, e uma montadora de veículos de passeio elétricos promete impactar diversos setores, desde a mineração até a mobilidade urbana, enquanto que o setor agropecuário e de serviços também serão impactados positivamente pelos investimentos em infraestrutura” completou.
Foto: Uendel Galter / Ag. A Tarde