Em agosto, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano teve queda relevante frente a julho (-18,4%), na série livre de influências sazonais. Foi o segundo recuo consecutivo no estado, e bem mais intenso que o nacional (-1,3%). Nesse comparativo, a Bahia registrou a maior queda do país no mês e o seu pior resultado desde abril de 2020 (-19,0%). Dos 27 estados, só 3 tiveram altas nas vendas do varejo ampliado, entre julho e agosto: Mato Grosso do Sul (2,4%), Pernambuco (1,1%) e Rio Grande do Sul (1,1%).
Frente a agosto de 2022, as vendas do varejo ampliado na Bahia seguiram registrando crescimento (3,0%), mas em um índice inferior ao nacional (3,6%). Foi o sétimo aumento consecutivo das vendas, nessa comparação, embora mostrando desaceleração no ritmo (havia sido de 28,7% em julho). O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e, a partir de janeiro de 2023, do atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
No confronto com agosto de 2022, o crescimento do varejo ampliado baiano se deu somente por conta das vendas de material de construção (18,6%), que cresceram pelo terceiro mês consecutivo e tiveram seu melhor agosto desde 2020 (30,1%). As vendas de veículos (-2,0%) caíram após dois meses em alta, e o atacado de alimentos (-8,2%) registrou a sua primeira retração desde que começou a ser investigado pela PMC, em janeiro deste ano. No acumulado no ano de 2023, as vendas do varejo ampliado na Bahia apresentaram o terceiro maior crescimento do país (10,9%), num ritmo superior ao nacional (4,2%). Nos 12 meses encerrados em agosto, elas também crescem (3,4%) acima do Brasil como um todo (2,7%).
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