A oitava estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) manteve, em agosto, a previsão de que a produção deve chegar a 12.147.984 toneladas neste ano de 2023, batendo o recorde e ficando 6,9% acima (+786,3 mil t) do que foi colhido em 2022 (11.361.707 toneladas). Não houve nenhuma mudança para essa estimativa frente a julho.
No Brasil como um todo, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 313,3 milhões de toneladas. Trata-se de um valor 19,0% maior, representando mais 50,1 milhões de toneladas do que em 2022 (263,2 milhões de toneladas). Frente ao previsto em julho, houve alta de 1,4%, com acréscimo de 4,4 milhões de toneladas.
A partir das informações da estimativa de agosto, a Bahia segue, em 2023, com a sétima maior produção de grãos do país, sustentando participação de 3,9% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 30,6% da safra brasileira de grãos, seguido por Paraná (14,8%) e Goiás (10,1%), que ultrapassou o Rio Grande do Sul.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Entre julho e agosto, safras de café arábica (+43,3%) e canephora (+4,4%) têm revisões para cima, mas seguem menores do que em 2022 Considerando todos os produtos, não apenas os grãos, em agosto também foi mantida a previsão de que, em 2023, 10 das 26 safras investigadas mensalmente na Bahia sejam maiores do que em 2022. Houve mudanças, frente ao estimado em julho, para as safras de café arábica e canephora e de cacau, mas elas não chegaram a alterar o quadro na comparação com o ano passado.
No caso do arábica, a alta foi de 43,3% (+ 30.090 t), e a safra 2023 deve chegar 99.600 toneladas. Aumentaram as áreas plantada (+1,3%, de 76 mil para 77 mil hectares) e colhida (+9,2%, de 65 mil para 71 mil hectares) e o rendimento médio (+31,2%, de 1.069 kg/hectare para 1.403 kg/hectare).
Para a safra de café canephora, a revisão foi menos intensa (+4,4% ou + 5.500 t), e devem ser colhidas 129.168 toneladas, em 2023, no estado. O aumento ocorreu pelas maiores áreas plantada (+5,5%, de 45,5 mil para 48 mil hectares) e colhida (+9,6%, de 40,5 mil para 44 mil hectares). Já a previsão de rendimento médio caiu (-4,7%), de 3.054 kg/hectare para 2.909 kg/hectare.
Por outro lado, a estimativa da safra baiana de cacau em 2023 caiu em agosto, na comparação com o mês anterior (-5,7% ou -12.005 t), indo a 114.045 toneladas. Houve reduções na área colhida (-4,8%, de 420.050 para 400.050 hectares) e no rendimento (-1,0%, de 288 para 285 kg/hectare). Assim, a produção neste ano deve ser 9,5% menor do que a de 2022 (que havia sido de 126.050 toneladas).
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