O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos apresentou uma proposta de reajuste de 1% aos servidores públicos do Executivo federal em 2024. A proposta aconteceu nesta terça-feira (29), durante reunião da Mesa de Negociação Permanente.
O secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, disse que a ministra Esther Dweck conseguiu reservar no orçamento do próximo ano o valor de R$ 1,5 bilhão, o que corresponde a esse percentual de 1%.
“Mas vamos trabalhar para ampliar os recursos disponíveis”, afirmou Feijóo. Ele adicionou que, ao fim do ano, se houver o aumento de arrecadação esperado pelo governo para o segundo semestre, haverá mais espaço para um reajuste maior em 2024.
Segundo ele, no próximo período o a entidade deve apresentar uma proposta definitiva.
“O processo de reconstrução do Estado é longo e vamos nos empenhar para, ao longo do próximo período, termos mais espaço para apresentar uma proposta definitiva aos servidores”, continuou o secretário.
O presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, falou sobre a insatisfação com a proposta.
“Seria melhor o governo apresentar uma proposta minimamente razoável, pois falar em 1% para quem tem perdas acumuladas superiores a 30% é uma afronta a 1,2 milhão de servidores ativos, aposentados e pensionistas, muitos endividados pelo congelamento salarial imposto nos últimos anos.”
Os servidores defendem um reajuste na faixa dos 26% para recompor as perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos últimos anos, além da equiparação de benefícios como auxílios-alimentação e creche dos servidores do Executivo com os do Judiciário e Legislativo.
Na última reunião da Mesa de Negociação, realizada em 10 de agosto, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia frustrado servidores do Executivo federal, ao não apresentar uma proposta de reposição salarial. Na ocasião, o governo alegou que ainda precisava aguardar a conclusão da votação do novo Marco Fiscal.
Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo