Nesta segunda-feira (21), O governador Jerônimo Rodrigues (PT) deu destalhes sobre a investigação da Polícia Civil em relação à morte da Mãe Bernadete, morta a tiros na última quinta (17), dentro do próprio terreiro, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Jerônimo ressaltou que a Polícia Federal atua numa investigação conjunta com a polícia da Bahia seguindo três possíveis teses que motivou a morte brutal da líder religiosa.
“Uma delas é a do território quilombola, que há uma expectativa de que esse caso não tenha relação direta com o território, mas uma tese que mesmo não acontecendo, o problema existe. Nós já nos manifestamos com o Incra para que a gente possa acelerar o processo de legalidade daquele terreno. Não só dele, mas um conjunto de territórios quilombolas e indígenas que a gente precisa aproveitar. Ficamos seis anos que, ao invés de o governo passado ter enfrentado, dialogado, foi feito um acirramento. Foi muito ruim e agora vamos ter que retomar uma pacificação desses diálogos para que uma decisão tomada pelo governo federal anterior não seja jogada só para que o presidente Lula resolva. Mesmo não sendo por causa do território, nós entendemos que é um problema que temos que enfrentar”, afirmou, destacando a segunda tese.
“A outra tese é a da intolerância religiosa. Ela era uma figura defensora dos povos de terreiro. Mesmo não sendo a causa, a questão religiosa precisa ser enfrentada pela democracia”, acrescentou o governador.
Segundo Jerônimo, a terceira tese é diretamente ligada à disputa entre facções criminosas. “Uma das que mais possa se confirmar, e nós haveremos de nos debruçar sobre ela, em uma parceria integrativa com o governo federal, polícia federal. No mesmo dia eu determinei rigor na apuração. Fui à sede da Polícia Civil, me reuni com a equipe, procurei entender. Pedi celeridade, com responsabilidade. Estamos na expectativa de que esse caso possa ser elucidado” concluiu.
Foto: Rafael Martins/GOVBA