O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) afirma que os patrões seguem sem pagar os domingos trabalhados pela categoria. A postura trava a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho, segundo a entidade.
O Sinposba está em negociação da Campanha Salarial 2023/2024, que é mediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho (SRTE). No entanto, a representação dos trabalhadores pontua que o segmento patronal não tem mostrado disposição para o avanço das tratativas.
Após a assembleia da categoria, no último dia 4 de agosto, que aprovou uma proposta apresentada na SRTE, os patrões divulgaram uma circular, no dia 3 de agosto, comunicando aos revendedores questões que não seriam verdadeiras.
“Os patrões divulgaram uma circular, no dia 3 de agosto, comunicando aos revendedores inverdades sobre a postura da Diretoria do nosso sindicato em não aceitar propostas acordadas em mesa, confundindo sua categoria de que o impasse teria criado pelo Sinposba, sem admitirem que o acordo não foi ainda viabilizado porque não aceitam pagar os domingos trabalhados”, explica o sindicato, em nota.
O Sinposba ainda afirma que o sindicato patronal orientou o pagamento do reajuste salarial aplicando-se o percentual de 4,18% (IPCA) aos salários vigentes em 1⁰ de maio do ano passado e na ajuda alimentação, sendo que o apresentado em mesa na SRTE é a seguinte proposta: reajuste com duas faixas de piso; 7% aplicado no piso de funcionários de lojas de conveniências, vigia, servente, lavador e enxugador. Reajuste de 5,3% aplicado aos demais pisos e todas as funções com piso não estabelecido. E ajuda alimentação no valor de R$380,00.
“Portanto, mais uma vez está provado que o impasse para o acordo não ser assinado recai sobre o pagamento dos domingos, sendo que a SRTE apresentou a seguinte proposta, aceita pela assembleia geral do Sinposba: pagamento de adicional à ajuda alimentação no valor de R$ 35 por domingo trabalhado”, acrescenta a nota.
Sobre a proposta do bônus, apresentada pela Superintendência conclamando as partes a aprovarem o pagamento do valor de R$ 450,00, de uma só parcela, para todos os funcionários, esta foi aceita pelo patronal.
No entanto, os seus representantes condicionaram a manutenção das cláusulas dos domingos e feriados conforme estavam na Convenção anulada, com compensação. Na terça, 1º de agosto, os patrões apresentaram a proposta parcelada em até 3 vezes, ainda condicionada ao não pagamento dos domingos e feriados.
Foto: Divulgação/Sinposba