O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou recuo de 2% em maio na comparação com abril, informou o BC nesta segunda-feira (17). O resultado foi calculado após ajuste sazonal – um tipo de “compensação” para comparar períodos diferentes. Essa é a maior queda do IBC-Br desde março de 2021, quando foi registrada uma queda de 3,6%. O BC divulga apenas o dado, sem indicar motivações ou analisar o índice.
Em abril, a prévia do PIB tinha indicado um crescimento de 0,56% na economia. Na comparação com maio do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 2,15%. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,61% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,43%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O indicador incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Em junho, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio, para tentar conter a alta de preços.
Foto: Marcello Casal