A Petrobras não vai vender suas ações na Braskem e pretende permanecer no negócio petroquímico.
Pelo contrário, a estatal tem conversado com os potenciais compradores da Braskem sobre outros investimentos no setor petroquímico e tem discutido com interlocutores os potenciais projetos que podem ser executados em parceria.
Desde a mudança de governo, a Petrobras tem reforçado que o setor petroquímico é importante para seus negócios e que não há intenção de vender sua fatia na companhia. Com isso ganha força a proposta Apollo e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) e parte dos bancos credores entende que a proposta da Unipar perde fôlego, pois a empresa não teria cabedal financeiro no longo prazo para fazer uma consolidação no setor. Apollo e Adnoc vêm sinalizando, ao longo do processo, que desejam trabalhar com a Petrobras na posição de sócio estratégico na Braskem e não querem fechar um negócio que não funcione para todos os envolvidos, incluindo a petroleira.
A diferentes interlocutores, Apollo e Adnoc demonstraram comprometimento com o crescimento da Braskem e da indústria petroquímica do Brasil. As empresas permanecem engajadas e já enviaram tanto para Novonor (ex-Odebrecht) quanto para a Braskem uma lista de requisições para a segunda fase de “due diligence” (auditoria) na companhia.
A proposta firme da Unipar vence no sábado. Ao que tudo indica, a companhia não deve renovar a oferta, uma vez que o empresário busca exclusividade para negociar e seguir com a “due diligence”. No setor, há quem aposte que a Petrobras possa exercer seu direito e comprar a fatia de sua sócia. Com informações do Valor Econômico.