O índice do gasto do consumo pessoal, o PCE, usado pelo Federal Reserve, o banco central americano, como referência para suas metas de inflação, ficou praticamente estável em maio, com alta de 0,1%, dentro do esperado pelo mercado e abaixo do 0,4% de abril. Na comparação anual, o PCE recuou de 4,3% em abril para 3,8% em maio, confirmando as projeções do mercado de desaceleração do índice cheio por conta de commodities e preços industriais. Já o núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, subiu 0,3% no mês, como esperado pelo mercado, também desacelerando em relação ao 0,4% de abril.
Em 12 meses, o núcleo do PCE desacelerou menos que o índice geral, passando de 4,7% em abril para 4,6% em maio, reforçando o temor do Fed de queda muito lenta da inflação de serviços, principalmente, apesar de ter ficado um pouco abaixo dos 4,7% esperados pelos analistas. A preocupação com a chamada inflação subjacente é reforçada pelo dado de renda pessoal, que cresceu 0,4% em maio, acima do 0,3% esperado pelo mercado e que o crescimento de abril, revisado de 0,4% para 0,3%. Já o gasto do consumidor subiu apenas 0,1%, abaixo do 0,2% esperado pelo mercado e bem inferior ao crescimento de abril, também revisado de 0,8% para 0,6%, o que indicaria menor disposição para as compras.
Os dados de inflação ligeiramente mais baixos que em abril e o gasto menor animaram os mercados, que reduziram ligeiramente as apostas em alta dos juros nas próximas reuniões do Fed em julho e setembro na CME, a Bolsa de Chicago. As chances de alta de 0,25 ponto percentual no juro em julho passaram de 89% para 87% e, para setembro, de 27% para 21%. O índice Dow Jones acentuou a alta no mercado futuro, para 0,45%, o S&P500, para 0,6%, e o Nasdaq, para 0,9%. O dólar perdeu força e o índice DXY recua 0,26%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano caem, com o de dois anos de prazo recuando 0,03 ponto percentual, para 4,85%, e o de dez anos, 0,02 ponto, para 3,83%. O petróleo tipo Brent sobe 0,36%, para US$ 74,61 o barril. No Brasil, o Índice Bovespa está abrindo em pequena alta, de 0,04%, aos 118.427 pontos, e o dólar futuro cai 0,8%, para R$ 4,852. Os juros futuros recuam após a decisão do Conselho Monetário Nacional manter a meta de inflação em 3,0% para 2026.
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