O setor público consolidado registrou um déficit acima do esperado pelo mercado em maio, puxado pela piora das contas de estados e municípios. O déficit primário do setor público, que não considera os juros da dívida, ficou em R$ 50,2 bilhões em maio, acima dos R$ 46 bilhões esperados pelo mercado, revertendo o superávit de R$ 20,3 bilhões de abril.
Em maio do ano passado, o déficit havia sido de R$ 33,0 bilhões. Houve déficit de R$ 43,2 bilhões do Governo Central, que inclui Tesouro, Banco Central e Previdência, de R$ 6,8 bilhões nos governos regionais, e de R$ 168 milhões nas empresas estatais. Em 12 meses, o resultado primário do setor público está superavitário em R$ 39 bilhões, ou 0,38% do PIB, 0,17 ponto percentual abaixo do acumulado até abril.
O resultado nominal, que considera os juros pagos na dívida, ficou deficitário em R$ 119,2 bilhões em maio, acumulando R$ 656,5 bilhões, ou 6,39% do PIB, aumento de 0,49 ponto percentual em relação ao acumulado até abril. A dívida líquida do setor público atingiu 57,8% do PIB em maio, ou R$ 5,9 trilhões, com aumento de 0,8 ponto percentual do PIB em relação a abril, reflexo dos juros da dívida, do déficit primário e da alta do dólar. A dívida bruta atingiu 73,6% do PIB, ou R$ 7,6 trilhões, com aumento de 0,7 ponto percentual do PIB no mês. No ano, a dívida bruta do setor público em relação ao PIB cresceu 0,8 ponto percentual.