A relação entre o governo brasileiro e o agronegócio pode melhorar nos próximos dias. Segundo informações divulgadas pela Agência Brasil, o governo Lula vai lançar em breve o Plano Safra 2023/2024 com um volume recorde de recursos. A estratégia do Palácio do Planalto é buscar reduzir resistências ao petistas dentro do setor, que majoritariamente apoiou Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições.
O texto descreve a preparação do governo brasileiro para o lançamento do Plano Safra, que visa financiar a atividade agrícola no país. O plano é considerado uma forma de melhorar a relação com o setor agrícola, que tem impulsionado o crescimento econômico no início do ano. As negociações para definir as principais variáveis do plano, como a carteira total de recursos, montante para linhas subsidiadas e taxas de juros, envolveram diversas pastas do governo.
O valor total do Plano Safra está previsto para ficar entre R$ 420 bilhões e R$ 430 bilhões, o que frustra o pedido dos ruralistas, que desejavam uma carteira total de R$ 470 bilhões em financiamentos. No entanto, esse valor representa um aumento significativo em relação ao plano anterior lançado por Bolsonaro, que foi de R$ 340,9 bilhões para a safra 2022/2023.
O governo Lula busca ampliar os recursos disponíveis para o agronegócio, incluindo o setor empresarial, que é alvo de críticas. Está prevista uma linha de custeio de cerca de R$ 100 bilhões para o segmento empresarial, acima dos R$ 75 bilhões do plano anterior.
Além disso, o plano terá uma reserva de recursos para incentivar práticas sustentáveis indicadas pelo Ministério do Meio Ambiente, visando à preservação e sustentabilidade como marcas do governo. No entanto, ainda não está definido o quanto será possível reduzir as taxas de juros para produtores que adotarem tais práticas.
O anúncio do Plano Safra está previsto para ser feito em dois dias, tratando dos recursos ligados ao Ministério da Agricultura e Pecuária no primeiro dia, e os recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário no segundo dia. O governo busca uma apresentação positiva do plano para financiar a agricultura e apaziguar as resistências do setor agrícola ao governo de Lula.
O texto também menciona a Frente Parlamentar da Agropecuária, um grupo influente no Congresso, que foi convidada para os eventos de lançamento do plano. O deputado Pedro Lupion, presidente da FPA, afirmou que o Plano Safra é uma obrigação do governo e uma política de Estado que ajuda a manter a competitividade do Brasil.
O ministro Paulo Teixeira se reuniu com membros da FPA para discutir o Plano Safra, ouvir demandas dos ruralistas e tratar das críticas relacionadas às invasões de terra pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O ministro destacou a importância do diálogo e da tranquilidade nas relações para promover a produção e o equilíbrio social do país.
Foto: (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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