De olho na situação dos contratos de concessão de rodovias e aeroportos pelo Brasil, o Governo Federal aguarda aval do Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta (21), após pedido feito em conjunto pelos ministérios dos Portos e Aeroportos, Transportes e Casa Civil, para evitar desistências. A situação foi comentada pelo ministro baiano Rui Costa (PT).
“Sendo julgado positivamente, nós iremos reabilitar a grande maioria, senão a quase totalidade desses contratos, o que é muito bom para a sociedade, para a economia, porque as obras entrarão em execução, porque esses investimentos voltam a acontecer em portos, aeroportos, estradas, um volume bastante expressivo de investimentos que serão retomados a partir da renegociação desses contratos”, afirmou Rui.
Ainda hoje, o TCU poderá dar o aval sobre o tema. A intenção do governo é reabilitar o contrato com a empresa Changi, que administra o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. As pastas questionam se é possível cancelar os pedidos de desistência de concessão, o que no caso do Galeão manteria a Changi à frente do terminal.
Questionado sobre as atribuições do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Rui afirmou que a pasta passará a cuidar da proteção do presidente Lula (PT), papel que antes era de responsabilidade da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata.
Atualmente, o esquema de segurança de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) é dividido em três partes: a imediata é comandada pela PF, já as camadas de segurança aproximada e afastada, ou seja, para eventos e viagens, são chefiadas pelo GSI. É um trabalho em conjunto entre as organizações.
“O GSI quem vai fazer [a segurança presidencial]. O presidente terá a liberdade de convidar quem ele entender que deve compor, independente de ser polícia federal, policial militar, ou membros das Forças Armadas. Será montado um modelo híbrido, mas sob coordenação do GSI”, disse Rui Costa.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil