Partido considerou sua decisão equivocada e que poderia ter dado a vitória ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB).
O senador Jaques Wagner (PT) afirmou, durante entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, na Rádio Metrópole, que sofreu uma forte reação do Partido dos Trabalhadores (PT), quando optou por não ser o candidato do partido ao governo da Bahia nas eleições de 2022. Segundo ele, o PT viu essa decisão como um problema e que daria a vitória ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB). “Eu sabia do risco que eu estava correndo de não ser candidato. Quase que eu apanho dentro do PT”, explicou Wagner.
Ainda de acordo com o político, internamente os companheiros do partido diziam que ele tinha combinado algo com o candidato da oposição. “[…] Você fez algum acordo com o cara, vai entregar para ele. […] Graças a Deus, Jerônimo foi um grande candidato”, comemorou Wagner (PT), que ainda aproveitou o momento para esclarecer toda essa situação
Segundo Wagner, o motivo por trás do seu desinteresse pelo cargo de Governador da Bahia, que atualmente é ocupado por Jerônimo Rodrigues (PT) foi meramente político. “Se eu fosse candidato, é óbvio que eu arrancaria melhor do que Jerônimo, mas eu não sei se eu chegaria tão bem quanto Jerônimo”, disse.
O senador concluiu se justificando. “Por quê? Porque era muito mais fácil com esses meus cabelos brancos e já tendo tido oito anos de governo, o cara dizer: ‘tá vendo aí é mais do mesmo, é a mesma coisa’. Então, eu falei gente ‘isso não vai dar certo, tem que colocar uma cara nova'”, detalhou Jaques Wagner, encerrando comemorando o feito do partido na Bahia. “Então, na minha opinião, a gente acertou [ao escolher Jerônimo Rodrigues]”, finalizou o político.
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil