Começará nesta terça-feira (25) o júri popular dos pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Macedo, acusados da morte do adolescente Lucas Terra, há 22 anos.
A sessão está marcada para as 8h, no Fórum Ruy Barbosa, em Nazaré, e deve durar até sexta-feira. Em 21 de março de 2001, Lucas Vargas Terra, de 14 anos, foi estuprado e queimado vivo por membros da Igreja Universal. 22 anos depois, todos os acusados estão livres, e a família de Lucas nunca parou de buscar uma resolução para o caso. Em 2012, o pastor Silvio Galiza, também acusado, chegou a ser preso e condenado a 18 anos. Entretanto, teve progressão de regime, cumpriu a pena e hoje está em liberdade condicional. Foi através do depoimento de Galiza que Fernando e Joel foram denunciados pelo Ministério Público.
O Tribunal do Júri é o órgão da Justiça responsável por julgar crimes dolosos – ou seja, intencionais – contra a vida, como homicídio, infanticídio e induzimento a suicídio. Também conhecido como júri popular, o tribunal é formado por um juiz e sete jurados, pessoas comuns escolhidas por sorteio, que representam a participação da sociedade. Segundo o diagnóstico do CNJ, 20% dos julgamentos resultam em absolvição, e em 32% das decisões há a extinção da punibilidade, que ocorre quando o réu morre ou quando o Estado não pune a ação criminosa no prazo limitado.
Fonte: Jornal Correio
Foto: (Marina Silva/CORREIO)