A exposição tem início nesta segunda-feira (17), às 18h, e destaca a importância do bloco afro para a cultura baiana. Percussão marcante no carnaval de Salvador, o Grupo Afro Olodum estende sua marca em verde, amarelo e vermelho ao longo de 44 anos na história da folia e na resistência em manter suas raízes na luta por igualdade.
Em celebração ao marco, se inicia nesta segunda-feira 17 de abril, às 18h, a exposição Tambores do Olodum: 44 de anos de Resistência, Cultura e Educação, no foyer da Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB), nos Barris.
Para Vladimir Pinheiro, Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa), a atividade reforça a importância dos 44 anos de transformação social do bloco afro. “O Olodum faz parte da identidade do povo baiano, pela expressiva postura e atuação enquanto bloco afro, que tem na luta de combate ao racismo e outras formas de desigualdades, é uma importante instituição da nossa sociedade. Essa exposição não só dinamiza e democratiza o acesso e a ocupação da Biblioteca Central, como reforça o caráter do grupo para o desenvolvimento da cultura e da cidadania no nosso Estado”, destaca o gestor.
Exposição
Coordenadora do Centro de Memória e de Mídias do Olodum, Linda Rosa Rodrigues pontua a necessidade em demarcar o aniversário do grupo. “O olodum tem um importante legado e os projetos desenvolvidos ao longo dos últimos anos pela Escola Olodum, testemunham o seu pionerismo na educação antirracista do país a partir da música e da arte que vem transformando a infância e a juventude”, ressalta.
A instalação reúne indumentárias e publicações do acervo da biblioteca e do próprio grupo percussivo. “Nossa história está na exposição e será um local onde todos poderão ter acesso a grande parte do nosso acervo físico, nossas vestimentas e sua evolução, nossos discos, troféus, imagens, a nossa carreira em vários formatos e cores, toda a nossa pluralidade,” descreve.
“Lutar ainda é preciso e sempre estaremos nesta constante para ensinar e encantar mais gerações”, realçou Linda Rosa. “Além disso, é através disso que lutamos contra o racismo e inserimos mulheres, jovens e minorias em muitos espaços,” finaliza. A exposição poderá ser visitada de segunda à sexta-feira, das 8h30 às 21h, e nos sábados, das 8h30 às 13h.
Bate papo
No dia 25 de abril, o comunicador Rafael Manga mediará um encontro entre Marcelo Gentil, presidente do Bloco Afro Olodum, e Paulo Miguez, Reitor da Universidade Federal da Bahia e Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea. O bate-papo 44 anos de trajetória do Grupo Cultural Olodum, acontece às 10h, no Quadrilátero da BCEB.
O encontro traz fatos que vinculam a trajetória do grupo diante da importância da economia da cultura e na vida de inúmeras pessoas impactadas pelos projetos sociais e como músicos da banda percussiva.
Serviço
Exposição Tambores do Olodum: 44 anos de Resistência, Educação e Cultura
QUANDO: 17 de abril, às 18h;
ONDE: Foyer da Biblioteca Central do Estado da Bahia – Rua General Labatut, 27, Barris.
VISITAÇÃO: Segunda a sexta-feira, das 8h30 às 21h, e aos sábados, das 8h30 às 13h;
Gratuito
Fonte: ASCOM FPC
Foto: Acervo Pessoal