O setor de transporte coletivo por ônibus perdeu 20% de sua demanda durante a pandemia do novo coronavírus. O movimento em fevereiro deste ano chegou a no máximo 80% do que era antes da Covid-19, de acordo com dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
A queda no movimento gerou a perda de R$ 36 bilhões no financeiro e de 90 mil empregos.
“Perdemos, definitivamente, uma parcela de clientes para o e-commerce, para o home-office, para os aplicativos e para a carona solidária”, explicou o presidente-executivo da NTU, Francisco Christovam. Outros impacto para o setor foram a interrupção da prestação de serviço por 55 operadoras/consórcios e 397 paralisações, em 108 sistemas de transportes coletivos por ônibus.
Para Christovam, o setor tem três desafios pela frente, a serem enfrentados no curto prazo: tentar recuperar os passageiros perdidos por outros modos de deslocamento; não perder mais passageiros e atrair novos clientes. “Estamos cientes de que esse desafio é muito maior agora, porque, depois da pandemia, alguns atributos da viagem sofreram mudanças significativas. Atualmente, os passageiros se tornaram mais exigentes e, para eles, não basta que o serviço tenha regularidade e confiabilidade. Hoje, eles querem também pontualidade, segurança, conforto, menos lotação e melhores condições de espera dos ônibus nas estações de embarque e desembarque”.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom
Fonte: Assessoria