Foi o primeiro aumento da ocupação em seis trimestres e o menor resultado da taxa de ocupação para o período desde 2015
Nesta sexta (31), foram divulgados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), pelo IBGE. De acordo com os estudos, a taxa de desocupação chegou a 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro.
O número de desocupados cresceu 5,5% e chegou a 9,2 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 483 mil pessoas à procura por trabalho. Foi o primeiro aumento da ocupação em seis trimestres, já que a última alta nesta comparação de trimestre móvel foi no encerrado em maio de 2021.
Contudo, esse é o menor resultado da taxa de ocupação para o período desde 2015 e o IBGE destaca um peso do fator sazonal no resultado.
A queda do número de ocupados foi de 1,6%, com retração de 1,6 milhão de pessoas no mercado de trabalho frente ao trimestre anterior. Com isso, o nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,4%, queda de 1,0 p.p. na mesma comparação.
A taxa de informalidade ficou em 38,9% da população ocupada, a mesma taxa de novembro mas inferior aos 40,2% de fevereiro do ano passado.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (sem contar trabalhadores domésticos) ficou estável ante novembro e cresceu 6,4% em relação a fevereiro do ano passado.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado caiu 2,6% ante novembro e subiu 5,5% na comparação com fevereiro de 2022. Os trabalhadores por conta própria caíram 1,2% ante novembro e o índice ficou estável ante fevereiro.
A população subutilizada chegou a 21,6 milhões, estável ante novembro, mas 20,7% abaixo da observada em fevereiro de 2022. A taxa de subutilização (18,8%) ficou estável em relação a novembro e caiu 4,7 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2022.
A população desalentada chegou a 4 milhões de pessoas, estável em relação a novembro e 16% a menos que em fevereiro do ano passado.
O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,6%) também ficou estável na comparação com novembro e caiu 0,7 ponto percentual em relação a fevereiro de 2022.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil