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CIENTISTA BAIANO DESENVOLVE PESQUISA PARA PARKINSON

Tácio Caldas - 27/03/2023 16:26 - Atualizado 27/03/2023

A pesquisa com a participação de outros cientistas, faz o diagnóstico precoce de Parkinson por inteligência artificial

O pesquisador baiano Bruno Fonseca, com a participação de outros cientistas, desenvolveu uma pesquisa sobre o diagnóstico precoce de Parkinson por inteligência artificial (IA).

O estudo utilizou uma base de dados pública que contém sinais de eletroencefalograma de indivíduos com a Doença de Parkinson (DP) e de indivíduos sem a enfermidade.

“Nesses sinais, foram utilizadas ferramentas matemáticas, nesse caso, Hjorth features, para extrair biomarcadores da doença que, em conjunto com técnicas de inteligência artificial (IA), permitiram realizar a identificação automática dos pacientes”, explica Bruno, que nasceu no município de Remanso, que fica às margens do Rio São Francisco.

Segundo o pesquisador, o estudo gerou resultado promissor para o descobrimento precoce da patologia.

“Foi possível alcançar uma acurácia acima de 89% na identificação dos indivíduos portadores da DP. Também foi possível inferir que os lóbulos parietal, frontal, central e occipital foram as regiões do cérebro mais significativas para distinguir os pacientes dos indivíduos de controle, ou seja, pessoas sem Parkinson. O trabalho desenvolvido traz a novidade do uso da Hjorth features como biomarcadores da doença, que, até onde sabemos, ainda não havia sido explorado no meio científico”, disse.

Para Bruno, mestre em ciências da saúde e biológicas, o trabalho contribui no desenvolvimento de uma técnica de diagnóstico da doença que não dependa apenas dos sintomas motores.

“Isso é algo importante, uma vez que esse tipo de sintoma se apresenta quando a doença já se encontra num estágio avançado. No momento, o grupo de pesquisa busca novas técnicas que possam obter uma melhora no sistema proposto, utilizando novas ferramentas matemáticas e novos modelos de IA para extrair características dos sinais”, conclui.

A pesquisa conta com o apoio da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Além de Bruno, a equipe conta com a participação de Ana Beatriz Rodrigues, Carolline Angela, Giovanni Guimarães, Ivani Brys e Rodrigo Pereira.

 

 

Foto: Divulgação/Secti

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