Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,5 pontos em março, marcando 87 pontos e interrompendo dois meses de queda.
Em médias móveis trimestrais, porém, o indicador caiu pelo quarto mês consecutivo – 0,3 ponto, ficando em 85,8 pontos. Além dos dois comparativos em direção contrária, o cenário se apresenta heterogêneo, sobretudo nas faixas de renda, “o que ainda dificulta a sinalização de uma tendência mais clara para os próximos meses”, segundo a coordenadora das Sondagens do FGV Ibre, Viviane Seda Bittencourt.
A economista destaca como fatores complicadores taxas de juros elevadas, resiliência da incerteza e desaceleração do mercado de trabalho.” Sem alterações significativas, é possível continuar patinando em torno de um mesmo patamar de confiança nos próximos meses”, explicou. Em março, no comparativo mensal, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2,7 pontos, indo para 72,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,2 pontos, para 98,0 pontos.
O subíndice que mede o ímpeto de consumo subiu 7,9 pontos (84,8 pontos), enquanto o que mede as perspectivas sobre a situação financeira futura recuou 2,4 pontos (96,6 pontos). Sobre o momento, a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias subiu 5,3 pontos (64,1, pontos), devolvendo a queda no mês anterior.
Por níveis de renda, a recuperação em março foi influenciada pela melhora da confiança dos consumidores com renda familiar abaixo de R$ 2.100,00 e entre R$ 4,800,01 e R$ 9,600,00 – alta de 4 e 3,1 pontos, respectivamente. As famílias com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800 mantiveram-se praticamente estáveis, enquanto para os consumidores com maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600) o ICC retraiu 0,8 ponto influenciada pela piora das expectativas.
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Fonte: FGV