“Aparentemente, não [vai gerar crise sistêmica]. Não vi ninguém tratar como Lehman Brothers”, disse Haddad
Presente numa live do jornal Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fez uma avaliação sobre o fechamento dos bancos Silicon Valley e Signature, nos Estados Unidos, e que agitou o mercado internacional na semana passada.
De acordo com o ministro do governo Lula (PT), a crise com o fechamento dos bancos nos EUA não deve gerar efeitos sistêmicos na economia internacional. A quebra do Silicon Valley tem sido comparada com a do Lehman Brothers, que desencadeou a crise mundial em 2008.
“Aparentemente, não [vai gerar crise sistêmica]. Não vi ninguém tratar como Lehman Brothers”, disse Haddad, apesar de reconhecer que o impacto “não está claro ainda”.
O ministro destacou que ele e o secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, estão conversando com instituições financeiras brasileiras e com o Banco Central para acompanhar melhor o cenário.
Haddas ainda defendeu que existe “gordura” para a redução dos juros no Brasil, “tomando as providências que tem de ser tomadas”.
“Penso que temos um espaço que o mundo não tem. Creio que temos espaço, mesmo em turbulência internacional, para harmonizar política fiscal [sobre as contas públicas] e política monetária [definição dos juros para conter a inflação] para ancorar e navegar em mares internacionais revoltos, pois nossa posição permite isso”, afirma.
Foto: Reprodução/Flickr Fernando Haddad (Haddad Oficial)