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MULHERES OCUPAM APENAS 29% DOS CARGOS DE LIDERANÇA NA INDÚSTRIA BRASILEIRA, DIZ PESQUISA

João Paulo - 08/03/2023 06:55 - Atualizado 08/03/2023

Segundo dados são de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB, as mulheres ocupam apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil, enquanto homens representam 71%.

Além disso, só 14% das empresas têm áreas específicas dedicadas à promoção de igualdade de gênero no local de trabalho, sendo que apenas 5% contam com orçamento próprio.

De acordo com o estudo, a proporção média de funcionários e funcionárias nas empresas também é desigual. Homens são 70%, mulheres representam 30%. Se, por um lado, a maioria (85%) das empresas pesquisadas não têm áreas específicas para tratar da igualdade de gênero, por outro, 20% afirmaram ter a intenção de aumentar os recursos voltados a ações nesse sentido no próximo ano. Tal meta é observada, sobretudo, em empresas lideradas por mulheres (23%), contra 18% das lideradas por homens.

“As mulheres têm mais urgência em implementar essas políticas. Enquanto os homens esperam implementar nos próximos cinco anos, as mulheres esperam que nos próximos dois, três anos, já tenham políticas bem estabelecidas na empresa”, diz Anaely Machado, especialista em mercado de trabalho da CNI.

Segundo Anaely, tal cenário reforça a importância de ter mais mulheres em cargos de liderança. “Essas mulheres levantam o debate dentro da empresa e garantem que essas políticas sejam discutidas”, pontua. O principal entrave à implementação de programas de igualdade, ainda segundo a pesquisa da CNI, é o preconceito, citado por 21% dos entrevistados. A cultura machista aparece em segundo lugar, com 17%. Dos executivos ouvidos, 14% disseram não ver barreiras.

Já em relação aos programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero, 6 a cada 10 indústrias brasileiras afirmam ter tais ações. A principal razão para desenvolver as políticas é a percepção de desigualdade, citada por 33% dos executivos ouvidos, seguida da importância de dar oportunidades iguais para todos, mencionada por 28%. Os instrumentos mais usados pelas empresas para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres na indústria são:

  • Paridade salarial (77%);
  • Política que proíbe discriminação em função de gênero (70%);
  • Programas de qualificação de mulheres (56%);
  • Programas de liderança para estimular a ocupação de cargos de chefia por mulheres (42%);
  • Licença maternidade de seis meses (38%).

Foto: Divulgação/Claraboia Filmes/CNI

Fonte: CNI / G1

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