O cálculo é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV); aumento no preço dos combustíveis é o vilão.
A volta da cobrança dos tributos federais sobre a gasolina deve promover um impacto na inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA) em 0,32 ponto percentual. Quem afirma isto é o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) que, em seus cálculos considerou o aumento de cerca de 6,5% no preço do combustível.
Isto acontece por na última terça (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que voltaria com as cobranças dos impostos R$ 0,47 na gasolina, já que o Governo Federal voltaria a cobrar o PIS/Cofins, enquanto para o etanol, a alta será de apenas R$ 0,02. Em ambos os casos, essa cobrança é parcial, principalmente quando comparado ao que era cobrado em 2022.
O interessante é que, em um movimento oposto, para compensar a volta da tributação, a Petrobras anunciou, recentemente, uma queda de 3,9% no preço da gasolina nas suas refinarias. No que pese para o consumidor final, na bomba, isto quer dizer que a redução chegará a 2%.
Vale lembrar que, na semana passada, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma alta de 0,76% em fevereiro, enquanto no mês imediatamente anterior havia registrado um avanço de 0,55%. Já para março, a tendência segue de alta, com uma previsão do IPCA de 0,61%, que leva em conta o possível efeito da volta da cobrança de tributos federais sobre combustíveis.
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil