O emprego segue forte nos Estados Unidos e pode levar o Federal Reserve, o banco central americano, a apertar mais sua política monetária para controlar a inflação.
O Payroll, número oficial do emprego nos Estados Unidos, mostrou a criação de 517 mil vagas urbanas, bem acima das 188 mil esperadas pelo mercado e do que em dezembro, que teve o número revisado para cima, de 223 mil vagas criadas para 260 mil. Foi a maior criação mensal de vagas desde julho de 2022.
A taxa de desemprego caiu, de 3,5% dos trabalhadores em dezembro para 3,4% em janeiro, o menor nível desde maio de 1969, contrariando a expectativa de aumento para 3,6%. Os ganhos dos trabalhadores também subiram mais que o previsto, 4,4% em janeiro, ante 4,3% esperados, mas abaixo dos 4,6% de dezembro.
As horas trabalhadas por semana também vieram acima do esperado, com 34,7 horas, ante 34,3 de dezembro e mesmo número projetado. O anúncio teve impacto no mercado de juros americano, com as taxas de curto prazo subindo e projetando as taxas do Fed de 4,96% ao ano, ante 4,91% antes do anúncio do Payroll.
As bolsas também acentuaram as quedas no mercado futuro, com o Dow Jones recuando 0,50%, o S&P500, 1,0% e Nasdaq, 1,6%. O dólar disparou diante das principais moedas e o DXY ganha 0,56%, enquanto o rendimento dos papéis de dez anos do Tesouro dos EUA saltou 0,10 ponto percentual, para 3,499%.
O papel de dois anos teve impacto ainda maior, com alta de 0,16 ponto, para 4,253% ao ano. No Brasil, o Índice Bovespa acentuou a queda, para 0,7%, aos 109.382, e o dólar futuro acelerou a alta para 1,2%, a R$ 5,135.