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INDICADOR IPEA REGISTRA ALTA DA INFLAÇÃO PARA TODAS AS FAIXAS DE RENDA EM DEZEMBRO DE 2022

Redação - 12/01/2023 13:00

Segundo números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda com dados de dezembro de 2022, registrou variação entre 0,50% para a classe de renda alta e 0,71% para as famílias de renda muito baixa, na comparação com o mês de novembro.

No acumulado do ano, até dezembro, todas as faixas de renda apresentaram desaceleração em relação ao ano anterior, com altas variando de 5,59% (renda média-baixa) a 6,83% (renda alta).

Na análise por grupos, “saúde e cuidados pessoais” e “alimentos e bebidas” tiveram as maiores contribuições para a inflação de dezembro do ano passado. No caso da saúde, para as famílias de renda alta o que mais pesou foi o reajuste de 1,2% dos planos de saúde, enquanto para as classes de renda mais baixa o aumento de 3,7% dos produtos de higiene pessoal representou o principal foco da pressão inflacionária. Em relação aos alimentos, mesmo com a deflação dos leites e derivados (-1,7%) e das frutas (-1,6%), as altas dos cereais (4,5%), dos tubérculos (5,7%) e dos farináceos (1,4%) geraram um forte impacto sobre a inflação do último mês do ano, sobretudo das classes de menor renda.

Em relação a dezembro de 2021, houve um alívio inflacionário para todas as faixas, com maior intensidade para os segmentos de renda mais alta, graças à melhora no desempenho dos grupos “habitação”, “artigos de residência” e “transportes”.  No que diz respeito à habitação, destacam-se os reajustes mais baixos da energia elétrica (0,20%), do gás encanado (3,7%) e a deflação do gás de botijão (-0,56%) em 2022, na comparação com os percentuais de 2021: 0,50%, 6,6% e 0,60% respectivamente. Os aumentos de 1,6% do mobiliário e de 0,22% dos aparelhos eletrônicos em dezembro de 2022 foram bem menores do que os registrados em dezembro de 2021 (2,1% e 1,3%, respectivamente).

O quadro inflacionário menos acentuado em dezembro de 2022 também se explica pela combinação de um cenário mais favorável das passagens aéreas e da tarifa de ônibus interestaduais (com altas de 0,89% e 1,3%, ante variações de 10,3% e 3,9%, respectivamente, em dezembro de 2021), além dos reajustes mais amenos dos automóveis novos (0,3%, frente a 1,9% no ano anterior) e do seguro veicular (0,25%, contra 3,4%).

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