Dezenas de militares cercaram a sede da Presidência da República nesta quarta-feira (11); soldados estão preparados para permanecer, se for necessário
Por Tácio Caldas
De fato o exército brasileiro montou um acampamento no Palácio do Planalto, em Brasília, no Distrito Federal, mas não se trata de nenhuma ofensiva militar contra a presidência da república ou aos prédios dos três poderes do Estado brasileiro.
Dezenas de milhares de militares, subordinados ao Comando Militar do Planalto, cercaram a sede da Presidência da República, nesta quinta-feira (11), de onde trabalha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além deles, também estão acampados membros do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP), com tropa de choque e canil.
Na verdade a presença dos militares acontece após três dias depois da invasão ao “Capitólio Brasileiro” por extremistas e radicais bolsonaristas que culminou na depredação dos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e servirá com um contingente de proteção aos locais.
Eles estão “hospedados” na garagem do palácio, no segundo subsolo, onde os militares instalaram camas móveis, galões de água e biombos, além dos equipamentos de proteção e mochilas no chão, como mochilas, lançadores de bombas de gás, capacetes, armaduras, escudos, cassetetes e espingardas de bala de borracha, entre outros itens de defesa.
Este reforço na segurança é muito superior ao reduzido efetivo empregado no dia do ataque, quando houve uma tentativa de golpe de Estado. O episódio é objeto de investigação por parte dos membros dos três poderes.
Foto: Felipe Frazão/Estadão