O setor produtivo brasileiro recebeu aporte de US$ 73,8 bilhões em investimentos diretos no país (IDP), nos doze meses encerrados em outubro de 2022, ante os US$ 50,0 bilhões registrados no período de um ano, concluído em outubro de 2021.
A expansão de 46%, em doze meses, consta no mais recente relatório de Investimentos Diretos no País, do Banco Central.
Diversos fatores ajudaram a proporcionar o positivo avanço dos investimentos estrangeiros, afirma Flávio Hughes, CEO da Hughes Soluções: “O crescimento da economia brasileira favoreceu a escolha do Brasil por investidores; o desempenho da economia doméstica auxiliou bastante. O País possui ativos com valores atraentes e grande exposição em setores como de tecnologia, agronegócio, biotecnologia e também na área financeira.”
Hughes enfatiza que o resultado amplo se deve a um conjunto maior de fatores. “Num cenário de fusões e aquisições com estímulo ao financiamento de projetos internacionais os investimentos tendem a ser impulsionados. Favoreceu, ainda, o fato de o Brasil estar bem posicionado frente a outros emergentes”, explica.
Segundo o especialista, “além da guerra entre Rússia e Ucrânia, há riscos geopolíticos externos, como a possibilidade de recessão em algumas das principais economias do mundo, com a alta dos juros e da inflação e a crise energética. São fatores que colocam o Brasil em posição confortável perante outras nações”.
Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de outubro, confirma esse cenário, indicando que o Brasil foi o terceiro país que mais atraiu investimento estrangeiro direto no primeiro semestre. Ficou atrás somente dos Estados Unidos e China. “Fortalecemos a nossa economia com o bom investimento em construção de fábricas, infraestrutura ou em empréstimo para capital de giro, enquanto o ambiente internacional ainda é turbulento”, finalizou Flávio Hughes.