A confiança do empresário da indústria recuou novamente em dezembro, se aproximando da zona neutra que separa o sentimento de otimismo do pessimismo.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Iceo), caiu de 51,7 pontos, em novembro, para 50,8 pontos. É a terceira queda seguida do indicador – que varia de 0 a 100 e tem em 50 pontos a linhas divisória.
O Icei deste mês também ficou mais distante da média histórica de 54,3 pontos. Foram ouvidos 1.455 empresários, sendo 559 de empresas de pequeno porte, 545 de médio porte e 351 de grande porte, entre os dias 1º e 7 de dezembro.
“A queda de dezembro foi mais branda do que a de meses anteriores”, enfoca o o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Mas ele também adverte que embora ainda haja sensação de otimismo no empresariado do setor “ela é restrita e pouco intensa”. Quanto mais próximo de 50 pontos, menor é o otimismo.
Entre os componentes, a maior queda ocorreu no Índice de Condições Atuais, que despencou de 53,2 pontos para 50,3 pontos. O Índice de Expectativas manteve-se estável em 51 pontos. “Percebe-se uma diferença da avaliação do empresário com relação a sua empresa comparativamente a evolução da economia brasileira como um todo. No tocante a economia brasileira, há percepção de piora das condições atuais e expectativas negativas. Quanto à empresa, no entanto, tanto a avaliação das condições correntes quanto as expectativas seguem positivas”, completa Azevedo.
Foto:reprodução/site CNI