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COPA DECIDE HOJE MAIS QUATRO CLASSIFICADOS

Redação - 30/11/2022 04:13 - Atualizado 30/11/2022

Quarta-feira é dia de alguns dos melhores do mundo em campo. Mas apenas Mbappé vai acordar tranquilo com a classificação de seu país na Copa do Mundo. Messi e Lewandowski, ao contrário, precisam estar dispostos a mostrar por que são astros mundiais no jogo que define qual seleção avança às oitavas.

Às 12h (de Brasília), começa a definição do Grupo D. A França, já classificada, encara a Tunísia, que ainda tem chances de avançar se vencer os campeões do mundo. No mesmo horário, a badalada Dinamarca tenta não se transformar em decepção contra a Austrália, que pode até jogar pelo empate para se classificar.

Depois, às 16h, o jogão: Messi x Lewa, Argentina x Polônia, valendo a primeira colocação do grupo, uma vaga nas oitavas, uma eliminação precoce ou até duas seleções classificadas. Tudo depende de como será também o jogo entre Arábia Saudita e México que, pro bem ou pro mal, podem fazer história no Catar.

Confira os horários (de Brasília) dos jogos desta quarta-feira:

  • 12h – Grupo D – Tunísia x França:
  • 12h – Grupo D – Austrália x Dinamarca:
  • 16h – Grupo C – Polônia x Argentina:
  • 16h – Grupo C – Arábia Saudita x México:

Mais que Messi x Lewa

Em campo, o duelo entre Polônia e Argentina nesta quarta, às 16h (de Brasília), é mais do que o encontro de craques, pois vale muito para os dois países. Além de colocar em lados opostos dois dos maiores goleadores e vencedores do futebol mundial, a partida no Estádio 974 é decisiva para o futuro de ambas seleções nesta Copa.

De um lado, Lewandowski, com 631 gols. Do outro Messi, com 788 gols na carreira. No total, a dupla reúne impressionantes 1419 gols, 67 títulos e 118 prêmios individuais. Quem vencer, estará nas oitavas de final. E os dois chegam para essa “decisão” com a confiança em alta. O atacante argentino fez gol nos dois jogos disputados até aqui – contra Arábia Saudita e México. O polonês, por sua vez, acabou com a seca de gols em Copas do Mundo ao marcar diante dos mexicanos.

– Não é uma partida entre Messi e Lewandowski, não é tênis, não é 1 contra 1.O Lewa necessita dos companheiros e o mesmo ocorre com o Messi. Podemos contar com esses grandíssimos atacantes, mas eles não podem fazer tudo. A equipe precisa estar forte. As individualidades precisam estar fortes – disse o treinador Czesław Michniewicz, da Polônia.

O técnico da seleção polonesa, aliás, já antecipou: não tem fórmula mágica para segurar Messi. – Todo mundo busca como parar o Messi. Ele faz muitos gols. Acredito que ninguém vai encontrar a fórmula mágica para parar o Messi. Tem partidas em que ele faz muitos gols e outras em que ele não vai marcar. Vai estar muito centrado, determinado. É o último Mundial dele – afirmou.

Já o técnico Lionel Scaloni não revela um segredo: a escalação contra a Polônia. Ele deve manter boa parte do time que venceu o México por 2 a 0, mas há uma indefinição em relação ao volante titular: Leandro Paredes, titular durante a maior parte do ciclo; Guido Rodríguez, que começou o jogo contra os mexicanos; ou Enzo Fernández, autor do segundo gol no duelo passado.

Arábia Saudita e México, céu ou inferno

As atuais seleções de México e Arábia Saudita podem ficar marcadas na história do país. Para bem ou para o mal.

Os sauditas estão apenas na sexta participação em Copas. Quatro vezes não passaram sequer da fase de grupos. Na estreia, em 1994, chegou às oitavas. Agora, com uma vitória ou até com um empate (se a Argentina não vencer) a Arábia Saudita pode reeditar sua melhor campanha em mundiais.

Já o México passou para as oitavas nas últimas sete edições de Copa. E de lá não avançaram. Mas, com apenas um ponto no Catar, os mexicanos correm o risco de serem eliminados na fase de grupos, ficando na última colocação e – pasmem – sem fazer um golzinho sequer (o que nunca aconteceu com a seleção azteca em 16 participações mundiais).

Com esse peso nas costas, o técnico Tata Martino, do México, quer ver uma equipe com mais volume de jogo na partida diante da Arábia Saudita, nesta quarta, às 16h. Para piorar, independentemente do que acontecer na Copa, o treinador argentino deixará o comando da seleção do México, de acordo com publicação do jornal mexicano “Record”.

– Diante da Arábia Saudita, os meio-campistas e alas devem chegar mais ao ataque para gerar perigo e ter mais gente dentro da área. Longe de se esconder atrás de desculpas. Precisamos dar respostas ao povo mexicano – disse Tata Martino, que recebeu uma boa notícia: o mais Andrés Guardado está liberado pelo departamento médico e pode jogar nesta quarta.

Já do lado saudita, o peso histórico é outro e positivo. Depois de 28 anos de espera, a Arábia Saudita pode voltar a disputar uma fase de oitavas de final da Copa. Basta vencer o México. E o técnico francês Hervé Renard sabe que está escrevendo um capítulo muito importante na sua biografia e na do futebol saudita também.

– Amanhã podemos fazer história no futebol saudita. Essa terceira partida da Copa é a mais importante da minha carreira. São jogos que não se podem perder, vai te deixar arrependido por toda a vida. A verdade é que temos que nos manter positivos, teremos pela frente um rival de altíssima qualidade. A nível hierárquico, estão em um nível alto, sabemos quais são seus resultados, mas temos tido determinação, temos sido humildes – afirmou Renard, que tem quatro desfalques para a partida (Al-Shahrani, Al-Malki, Al-Faraj e Al-Burayk).

França, a única garantida

A seleção da França já está garantida nas oitavas de final da Copa do Mundo, depois de vencer Austrália e Dinamarca em seus dois primeiros jogos da fase de grupos. O último compromisso será contra a Tunísia, nesta quarta, às 12h (de Brasília), no Estádio Cidade da Educação. Um empate basta para garantir o primeiro lugar do grupo D.

Por esse motivo, a chance de poupar alguns dos principais jogadores antes das oitavas de final é boa. Poderiam não enfrentar a Tunísia, segundo a imprensa francesa, o goleiro Lloris, o lateral Théo Hernández, o zagueiro Koundé e os atacantes Dembélé e Giroud. O técnico Didier Deschamps, porém, não confirmou os nomes que podem ganhar um descanso.

– A equipe fará de tudo para ter o melhor resultado possível, mas esta situação me permite fazer a gestão. Tenho mais elementos que vocês sobre a situação dos jogadores, discussões para sentir com eles. Ainda tenho tempo, tomarei as decisões amanhã (quarta). Haverá mudanças. Quantas? Vocês não saberão, nem o adversário – disse o técnico francês.

Do lado tunisiano, o sonho de uma inédita classificação às oitavas de final da Copa passa por um desafio: vencer a atual campeã mundial.

Além de conseguir uma vitória histórica, a Tunísia precisa ficar de olho no resultado de Dinamarca x Austrália, no mesmo horário. A seleção africana é a última colocada no Grupo D, com um ponto, assim como os dinamarqueses, e a Austrália é a vice-líder, com três – a Tunísia tem de vencer, torcer por vitória da Dinamarca ou empate, para então decidir a vaga no saldo de gols. Já a França, com seis, está classificada e joga para garantir a primeira colocação.

– Temos objetivos claros, queremos avançar à próxima fase, nossa meta é conseguir um resultado positivo, vencer o jogo. Temos que manter o foco. Temos nossa tática e espero que o time consiga manter essa formação na partida – explicou o técnico Jalel Kadri na entrevista coletiva desta terça.

Austrália e Dinamarca, surpresa à vista?

A Dinamarca chegou ao Catar com a etiqueta de possível grande surpresa da Copa. Agora, na véspera da última partida da fase de grupos, corre o risco de sair precocemente do Mundial com o selo de grande decepção.

Após um empate na estreia com a Tunísia e a derrota por 2 a 1 para a França, a Dinamarca chega à terceira rodada em terceiro lugar no Grupo D, com um ponto, atrás da vice-líder Austrália, com três. E os australianos são os rivais pela segunda vaga do grupo nesta quarta, às 12h.

Só a vitória interessa aos dinamarqueses, e mesmo vencendo eles precisarão aguardar o resultado de Tunísia x França – os tunisianos também têm um ponto e, se vencerem, poderão eliminar a Dinamarca no saldo de gols. Essa imprevisibilidade do futebol agrada ao técnico da Dinamarca, Kasper Hjulmand. – As emoções aumentam dez vezes em uma Copa do Mundo. O futebol é absolutamente fantástico, mas aqui a vontade de vencer e o medo de perder são ainda mais importantes – disse o treinador nesta terça.

Hjulmand não deve ter desfalques nesta quarta. Tanto o capitão Simon Kjaer quanto o lateral Andreas Olsen, que não enfrentaram a França na rodada anterior, estão a disposição para enfrentar a Austrália.

Do outro lado, a Austrália enfrenta a badalada Dinamarca com esperança de ir novamente às oitavas de final – o que não acontece desde 2006. A Austrália chega à rodada final do grupo D na segunda colocação, com três pontos, três a menos que a França.

O time da Oceania enfrentará a Dinamarca em um confronto direto por uma das vagas, enquanto os europeus, já classificados, pegarão a Tunísia. O empate pode ser suficiente para os australianos avançarem às oitavas de final, desde que os tunisianos não vençam os franceses. Uma derrota elimina a Austrália.

 Foto: Reuters

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